O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, atribui, em parte, a mudança à melhora na alimentação dos brasileiros. O trabalho mostra que 23,6% dos entrevistados disseram comer pelo menos 5 porções de frutas e verduras por dia, em pelo menos 5 dias da semana. Em 2008, 20% afirmavam ter esse hábito. Ele considera essencial, no entanto, a redução do consumo de leite integral. “Há ainda a falsa impressão de que o consumo do produto integral é mais nutritivo”, comentou. Ano passado, 53,5% dos entrevistados disseram que consumiam leite integral. Outro ponto considerado preocupante é o hábito de brasileiros trocar o jantar por um lanche. Dos entrevistados, 16,5% dos brasileiros disseram manter essa prática.
Os indicadores apresentados pelo Brasil de sobrepeso são maiores do que os apresentados pela China (25,4%) e Índia (11%), mas significativamente menores do que é registrado na Rússia (59,8%) e África do Sul (65,4%). “Mas a melhor comparação é a com nossos números”, disse Barbosa. Além da melhora na alimentação, Barbosa citou o aumento da frequência da atividade física como um dos fatores que podem explicar a estabilização dos números de obesidade e sobrepeso. Ano passado, 33,8% dos entrevistados disseram praticar atividade física. Embora em 2012 os porcentuais tenham sido muito parecidos (33,5%), Barbosa enxerga aí uma mudança importante. “Temos que considerar o período. Em 2009, o porcentual era de 30,8%. O fato é que a população hoje tem muito mais estímulo para praticar exercícios e se alimentar de forma adequada do que há 10 anos.”
São Paulo foi a capital com menor porcentual de adultos que afirmam praticar atividade física no tempo livre. Dos entrevistados, 28% disseram ter esse hábito. Um indicador bem menor do que o primeiro colocado, Florianópolis. Na capital de Santa Catarina, 44% disseram praticar atividades físicas de forma regular.
Fonte: Agência Estado