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Greve docente e ocupação estudantil na UEMG em Frutal já duram mais de 1 mês

Adelino Júnior

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A greve dos docentes e ocupação estudantil no campus de Frutal, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) completou um mês nesta última semana. A assessoria de imprensa da reitoria informou que apresentou aos alunos uma proposta de assistência estudantil e que aguarda retorno.

De acordo com a aluna Isabela Mamede, que está à frente da comunicação dos movimentos, no dia 18 do mês passado foi realizada uma videoconferência de docentes, discentes e servidores com o reitor Dijon Moraes Júnior, onde foram discutidas as reivindicações dos mesmos.

Conforme Isabela, os pontos fundamentais debatidos foram reconhecimento da greve, a concordância da reitoria com as reivindicações, a implementação de bolsas de estágio e monitoria e a apresentação do novo modelo de Universidade em reunião com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais (Seplag).

Além disso, o reitor Dijon declarou que se compromete a assinar um termo de conduta para cumprir as reivindicações das pautas assim que os problemas com a Lei de Responsabilidade Fiscal forem sanados. O reitor afirmou ainda que a UEMG não é autônoma e depende diretamente da Seplag, mas que os alunos podem conseguir recursos através da Assembleia Legislativa.

Foto: Reprodução G1
Foto: Reprodução G1

Posicionamento da reitoria
De acordo com a assessoria de imprensa da UEMG, o vice-reitor José Eustáquio apresentou aos estudantes um modelo de assistência estudantil enviado à Sectes para análise e aprovação. Na proposta está a liberação de duas mil bolsas-auxílio e estágio no valor de R$ 200. Se aceitas, elas entrarão em vigor no dia 1º de julho e serão destinadas aos alunos de todas as unidades da Universidade.

De acordo com Jordana Alvarenga, presidente do Diretório Acadêmico (DA) da UEMG, na reunião a reitoria também propôs a realização de um seminário para a discussão da assistência estudantil. Em relação à construção do Restaurante Universitário (RU), o vice-reitor informou aos estudantes que não recebeu nenhum pedido formal sobre o caso.

Conforme Isabela, na ocupação do campus, os professores em greve promovem aulões especiais, além de debates e outras atividades. “Estamos firmes e não temos pretensão e nem data de desocupar,” disse.

Histórico do movimento
Desde a noite do dia 2 de maio, alunos da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) ocupam o pátio do campus de Frutal. Eles reivindicam melhorias para a universidade e apoiam a greve deflagrada pelos professores da instituição.

As principais reivindicações dos professores são o reajuste imediato dos vencimentos para reparar as perdas ocorridas desde 2011, realização dos concursos públicos garantindo o cumprimento dos mesmos e reparação de danos materiais e morais a professores atingidos pela Lei 100 – nesta lei, milhares de servidores públicos foram demitidos após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além disso, as outras reivindicações se relacionam à incorporação das gratificações ao vencimento básico onde, atualmente, as bonificações não são garantidas e acopladas nos salários; implementação de estatuintes das Universidades Estaduais; votação orçamentária pra cada unidade se manter e regulamentação do plano de carreira.

Também é reivindicada a ampliação das bolsas de assistência estudantil, que hoje estão limitadas a projetos de pesquisa para alunos que ingressaram por cotas e a consolidação da autonomia orçamentária.

Fonte: G1

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