O mundo acompanha atentamente os desdobramentos da guerra que envolve, já adentrando o sétimo dia, a potência militar Rússia e sua vizinha Ucrânia. Dois países que integraram o bloco socialista durante a Guerra Fria, quando o mundo era praticamente dividido em dois.
Mas, apesar da forte condenação da comunidade internacional quanto à invasão russa, alguns países se abstiveram da neutralidade e declararam apoio à Rússia.
Venezuela
O líder venezuelano Nicolás Maduro, sucessor do lendário Hugo Chávez, declarou seu apoio à Rússia através de seu Twitter, onde disse que a Venezuela repudia os “planos perversos que pretendem rodear militar e estrategicamente a Rússia”. Maduro ainda completou que a Rússia sairá “unida e vitoriosa dessa batalha, com a admiração dos povos valentes do mundo”.
Vale lembrar que a Rússia é um grande parceiro comercial e financiador do regime venezuelano, que hoje possui uma das principais forças militares da América do Sul e conta com modernas armas de guerra russas, como os temidos caças Su-30, um dos mais modernos disponíveis na América do Sul.
Cuba
Na sessão-extraordinária da Assembleia-Geral da ONU – Organização das Nações Unidas -, o embaixador cubano na ONU, Pedro Luis Pedroso Cuesta, disse em seu discurso que Cuba rejeita a hipocrisia e padrão duplo da Otan – Organização do Tratado Atlântico Norte – ao citar o comportamento da aliança e as sanções impostas à Rússia.
Anteriormente, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba já havia emitido um comunicado onde acusa os Estados Unidos, seu histórico inimigo, de ameaçar a Rússia e manipular a comunidade internacional para aplicar sanções econômicas unilaterais ao governo de Putin.
Cuba e Rússia têm antigos laços de cooperação, sendo inclusive protagonistas na Crise dos Mísseis durante a Guerra Fria, quando os EUA descobriram mísseis da então União Soviética instalados em Cuba e quase deram início ao que seria, provavelmente, a Terceira Guerra Mundial.
Belarus (Bielorússia)
Belarus está localizado entre a Rússia e o norte da Ucrânia, sendo uma região estratégica para o conflito. Inclusive, batalhões russos invadiram a Ucrânia a partir de Belarus, marchando em direção a Kiev.
O ditador de Belarus, Alexander Lukashenko, reconheceu a independência de Donbass e Luhansk, duas regiões ucranianas que são reivindicadas pela Rússia.
Irã
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, histórico rival de Israel e EUA no Oriente Médio, disse que a expansão da Otan para o leste era uma grave ameaça à segurança e estabilidade da região.
A Rússia é um dos principais parceiros do regime teocrata do Irã e os dois países possuem extensa colaboração militar.
Síria
O ditador sírio, Bashar Al_Assad, deve a manutenção de seu regime em grande parte aos russos, que têm apoiado na guerra civil que assola o país árabe há 10 anos, com intensos combates entre as forças do governo e o Estado Islâmico. A Rússia forneceu forte apoio com armas e também com sua poderosa aviação militar.
Bashar reconheceu a independência das regiões do sul da Ucrânia e disse que Putin está corrigindo a história e restaurando o equilíbrio que se perdeu após a dissolução da União Soviética.