Na fatídica manhã de 1º de janeiro em Balneário Camboriú uma BMW matou quatro jovens, vítimas de asfixia por monóxido de carbono. O veículo teria passado por pelo menos três modificações, conforme revelado pelo delegado Vicente Soares em coletiva nesta sexta-feira (12).
Uma dessas alterações, aplicada ao motor do veículo, foi descrita como “de certa forma caseira”.
De acordo com as investigações, as customizações foram implementadas logo após a aquisição da BMW pela família de Tiago, uma das vítimas, na cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, quando os jovens ainda residiam em Paracatu, interior do mesmo estado.
O destino da BMW foi, então, direcionado para Paracatu após as modificações.
Uma outra modificação significativa ocorreu em julho de 2023, quando o sistema de escape, conhecido como downpipe, que conecta a saída do turbo ao catalisador, foi substituído em uma empresa localizada em Goiás.
A polícia catarinense enfatiza que essa alteração é irregular, violando normas e legislações vigentes.
O proprietário da oficina responsável pela troca do downpipe foi interrogado, revelando que o componente em questão foi fabricado internamente na oficina, diferindo dos downpipes convencionais produzidos em fábricas industriais.
A investigação agora se estende aos mecânicos envolvidos nesse processo na busca por esclarecimentos adicionais.