O caso do policial militar Roger Dias da Cunha, morto em Belo Horizonte no dia 8 de Janeiro de 2024, reacendeu o debate sobre as saidinhas dos presos no Brasil.
Cunha, de 29 anos, foi baleado na cabeça por um criminoso que havia deixado a prisão no mês passado, beneficiado pela saidinha de Natal. O criminoso, identificado como Bruno Henrique Pereira de Oliveira, de 22 anos, foi preso preventivamente junto com outro homem, identificado como Felipe Augusto Silva, de 24 anos.
O caso causou comoção na sociedade brasileira e gerou críticas de autoridades e da população em geral. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Luiz Eduardo Ramos, afirmou que o crime “é um absurdo” e que as saidinhas “não podem ser um prêmio para criminosos”.
Os dados sobre as saidinhas dos presos no Brasil são preocupantes. Em 2023, foram concedidas mais de 160 mil saidinhas a presos em regime semiaberto. Desse total, cerca de 10 mil presos não retornaram à prisão no prazo previsto.
Além disso, há relatos de que presos que saem da prisão por meio das saidinhas cometem novos crimes. Em 2022, foram registrados mais de 12 mil crimes cometidos por presos que saíram da prisão por meio das saidinhas.