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Multivacinação não oferece risco e aumenta imunidade coletiva

Mutirão é estratégia adotada pelo Ministério da Saúde

Redação Geral

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As campanhas de multivacinação, que funcionam como mutirões para atualizar a caderneta de vacinação, são seguras e uma estratégia eficaz para aumentar a cobertura vacinal no Brasil. Elas fortalecem a imunidade coletiva, prevenindo surtos de doenças graves que podem causar mortes e deixar sequelas severas.

No entanto, com a disseminação de fake news e desinformação, algumas pessoas ainda têm receio de aplicar mais de um imunizante no mesmo dia.

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No Dia Nacional da Vacinação, celebrado em 17 de outubro, especialistas ouvidos pela Agência Brasil destacam a importância da estratégia adotada pelo Ministério da Saúde, desmistificando mitos e preocupações sobre a multivacinação, que é especialmente direcionada a crianças e adolescentes menores de 15 anos.

Em campanhas recentes, o Ministério da Saúde disponibilizou 17 vacinas que protegem contra doenças como poliomielite, sarampo, rubéola e caxumba, entre outras.

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De acordo com a pesquisadora Patricia Boccolini, coordenadora do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), não há limite para o número de vacinas que uma criança pode tomar no mesmo dia. Ela destaca que é crucial “não perder a oportunidade de atualizar a caderneta de vacinação da criança”.

Segundo Boccolini, todas as vacinas de rotina podem ser aplicadas de uma vez, com a avaliação de um profissional de saúde durante o mutirão.

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Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), complementa que, em alguns casos, é necessário respeitar intervalos entre as vacinas, mas o profissional de saúde busca otimizar a visita para garantir que o calendário vacinal seja seguido.

Ballalai também desmistifica a preocupação de que a multivacinação sobrecarrega o sistema imunológico das crianças. “Estamos expostos a vírus, bactérias e fungos o tempo todo, e isso não sobrecarrega o organismo. As vacinas, na verdade, ajudam o sistema imunológico a criar anticorpos de forma segura, sem adoecer”, explica.

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Algumas vacinas precisam de atenção especial, como a tríplice viral e a tetra viral, que não devem ser administradas com a vacina da febre amarela em crianças menores de 2 anos. Nesse caso, deve-se respeitar um intervalo de 30 dias entre as doses.

Boccolini também menciona a vacina Qdenga, contra a dengue, oferecida atualmente a adolescentes pelo SUS, que deve ser aplicada separadamente de outras vacinas.

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Durante os mutirões de vacinação, profissionais de saúde estão disponíveis para esclarecer dúvidas, inclusive sobre imunizações específicas para gestantes.

Além de proteger a saúde individual, as campanhas de multivacinação são fundamentais para aumentar a cobertura vacinal no país e evitar surtos de doenças como sarampo e poliomielite. A alta cobertura, entre 90% e 95%, é essencial para garantir a imunidade coletiva e impedir a reintrodução dessas doenças.

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Atualmente, o Brasil apresenta uma cobertura vacinal de cerca de 85%, e não registra casos de poliomielite desde 1989. Contudo, em 2023, o país foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite.

A pediatra Isabella Ballalai lembra que as campanhas de multivacinação foram cruciais ao longo da história para a eliminação de doenças como sarampo, poliomielite e varíola. Ela ressalta que, com a erradicação dessas doenças, a percepção de risco diminuiu, o que pode afetar o interesse pela vacinação, ainda mais diante de fake news e desinformação.

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Apesar disso, Ballalai reafirma que a multivacinação é uma estratégia eficaz para ampliar a cobertura vacinal e proteger a população de doenças evitáveis.

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