A delegada de polícia civil e vereadora eleita por Gurinhatã-MG, Juliana Zanin, divulgou uma nota oficial nesta semana após um vídeo de uma polêmica abordagem policial, em que aparece com arma em punho, viralizar no WhatsApp. O fato ocorreu no dia 4 de outubro de 2024 e tem gerado debates nas redes sociais.
No vídeo, Juliana aparece realizando uma abordagem após um acidente de trânsito. Segundo o boletim de ocorrência, o episódio começou quando a caminhonete dirigida pela delegada colidiu com outro veículo, conduzido por um homem. Após a colisão, o condutor teria fugido, parando em um comércio onde, segundo relatos, mandou o neto entrar correndo e permaneceu do lado de fora do local.
Veja a nota da delegada:
“Venho a público esclarecer os fatos ocorridos em 04/10/2024, que lamentavelmente têm sido alvo de desinformação, incluindo a divulgação de fotos falsas de um veículo automotor com supostas marcas de tiro. Como delegada de polícia civil, exerço uma função de alta responsabilidade e risco. Recentemente, fui vítima de uma ameaça grave à minha segurança. Ao dirigir em uma via pública, meu veículo foi intencionalmente abalroado por outro veículo numa aparente ação premeditada e violenta. Os ocupantes, dois indivíduos desconhecidos, exibiram comportamento agressivo e criminoso, colocando em risco não apenas minha integridade, mas também a de outros cidadãos que eventualmente estivessem nas imediações dos fatos. Após o impacto, que resultou em elevados danos materiais, além de ferimento físico, os indivíduos fugiram do local, configurando o delito de evasão de local de acidente e manobra não autorizada, conforme os artigos 305 e 308 da Lei 9.503/97. Em resposta, uma abordagem policial foi realizada para identificar os envolvidos, assegurando a continuidade da investigação e a minha segurança, de acordo com os protocolos policiais. Parte do incidente foi capturada por câmeras de segurança do estabelecimento comercial em que os indivíduos pararam o veículo e, cedidas pelo proprietário do local está divulgada fora de contexto, distorcendo a realidade dos fatos. Saliento que a ação de todos os policiais envolvidos seguiu rigorosamente os limites da lei e os protocolos exigidos pela função policial. Agradeço a todos que compreendem a seriedade do ocorrido e peço que evitem propagar informações distorcidas. Reitero meu compromisso com a segurança pública e meu dever de proteger a sociedade.”
As fotos mencionadas pela delegada, conforme informado na nota, são as seguintes:
É revoltante e de causar profunda e intensa indignação, quando uma Delegada de Polícia abalroa, não mantém a distância de segurança e abalroa a traseira de um veículo. Em seguida, desce de arma em punho e desfere disparos contra a parte de trás do veículo que foi abalroado e saiu em disparada, por óbvio.
Ora, quem insiste numa discussão de trânsito quando o outro ou outra, até então desconhecido, se apresenta armado?
E pior, em nota, numa tentativa vergonhosa de explicar uma conduta injustificável, ela menciona uma suposta ameaça não comprovada, alega que se sentiu em risco, e ainda imputa as vítimas a suposta prática dos crimes dos art. 305 e 308, do Código Brasileiro de Trânsito.
Na verdade, o que se constata do vídeo dos fatos é que a Delegada perseguiu o condutor e passageiro do veículo abalroado e ao disparar contra eles praticou duas tentativas de homicídio qualificado, além de colocar em risco todos os transeuntes que se encontravam nas imediações, naquele momento, e que poderiam ser atingidos.
Essa agente da segurança pública deveria, no mínimo, assumir a responsabilidade pelos atos injustificáveis que praticou.
Muito embora seja possível se acumular o cargo de Delegado com o mandato de Vereador, é preciso se verificar a compatibilidade de horários, especialmente, por se tratar de atividades públicas em Municípios diferentes, o que exige uma apuração a respeito, também.
Achei tentativa de homicídio, acho que a delegada deveria responder criminalmente a essa injusta agressão , se o Brasil tivesse lei , essa delegada já era pra estar respondendo pelos seus atos! E que nota vergonhosa