O TCE-MG – Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais – está de olho na contratação de artistas pelas prefeituras dos municípios mineiros. Na última quarta-feira, o órgão divulgou um levantamento e um dado chama atenção: o gênero sertanejo foi o que mais faturou dinheiro público com apresentações, principalmente em pequenas cidades.
Entre os artistas que mais faturaram está a dupla uberlandense Diego e Victor Hugo. Segundo dados do TCE, os sertanejos embolsaram R$ 12.609.850,00 com shows em 61 municípios. Isso coloca a dupla em 8º lugar dentre os artistas que mais faturaram junto às prefeituras mineiras em 2024.
Em Taquaraçu de Minas, cidade com pouco mais de 4 mil habitantes, a dupla cobrou R$ 300 mil por uma apresentação, realizada na X Festa do Cavalo 2024. Já em Manga, no extremo-norte do estado, município que conta com pouco mais de 18 mil habitantes, o valor foi ainda maior: R$ 360 mil Reais.
Chama atenção do TCE que as cidades que mais destinam verba para grandes shows artísticos são justamente as menores. Recentemente, houve ordens judiciais para cancelamentos de shows sertanejos em pequenas cidades, devido aos valores considerados exagerados perante o pequeno orçamento destes municípios.
“No âmbito das fiscalizações das despesas públicas, chamou a atenção a expressiva parcela dos orçamentos que está sendo destinada a shows artísticos. Em um primeiro momento, com a publicação do painel, o Tribunal contribui para a transparência desses recursos públicos e possibilita um maior controle para o cidadão que está na ponta. A partir disso, outros desdobramentos poderão surgir, com avaliações tanto da regularidade das contratações, quanto a verificação da qualidade desses gastos”, afirma o diretor de Fiscalização Integrada do TCE, Henrique Quites.
O Regionalzão Notícias tentou contato com a assessoria da dupla Diego e Victor Hugo e aguarda posicionamento. Caso aconteça, o conteúdo será atualizado.
Não entendo o que os artistas tem haver com isso. Se o município paga, eles recebem pelo que é firmado entre o contrato. O problema há meu ver não são deles e caso haja, seja de quem os contrata que na verdade seria o município.
Cabe ao município averiguar se tem ou não condições de contratar ou não.