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“Gênio de Uberlândia” é destaque em relatório da PF sobre contestação eleitoral

Relatório da Polícia Federal destaca envolvimento de Eder Balbino, o “gênio de Uberlândia”, em auditoria do PL que sustentou tese de fraude, mesmo com alertas sobre inconsistências.

Adelino Júnior
Urna eletrônica brasileira.Foto: Divulgação/Regionalzão

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O relatório da Polícia Federal que investiga a tentativa de invalidar votos na eleição de 2022 trouxe deu destaque para Eder Balbino, engenheiro apelidado de “gênio de Uberlândia” pelo presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, é apontado como peça-chave na auditoria contratada pela sigla para fundamentar acusações de fraude nas urnas eletrônicas.

Balbino, sócio da empresa Gaio.io, localizada em Uberlândia, foi responsável por análises que questionaram o sistema das urnas antigas, mas alertou internamente sobre a possibilidade de correlacionar os registros eletrônicos às urnas de origem. Mesmo assim, os argumentos contrários às urnas foram mantidos pela direção do PL e apresentados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dias depois, Valdemar promoveu os dados inconsistentes em uma coletiva de imprensa.

A Polícia Federal aponta que as teses apresentadas pela auditoria do Instituto Voto Legal, contratado pelo PL, careciam de evidências concretas. Mensagens obtidas pela investigação mostram que Valdemar e outros envolvidos tinham ciência da inconsistência das alegações, mas ainda assim difundiram informações falsas, corroborando a narrativa de fraude no sistema eleitoral.

O relatório também expõe como as conclusões da auditoria foram usadas para abastecer influenciadores e criar desinformação. Nomes como o do argentino Fernando Cerimedo são citados na disseminação de arquivos editados que vinculavam falsas denúncias às urnas eletrônicas.

Apesar de não ter sido indiciado pela PF, Balbino segue como figura central, tanto por suas análises quanto por sua proximidade com a liderança do PL. A investigação conclui que a ação do partido no TSE fazia parte de uma tentativa coordenada de desacreditar o sistema eleitoral, utilizando dados sabidamente falsos.

Valdemar Costa Neto e Carlos Rocha, diretor do Instituto Voto Legal, foram indiciados pela PF. Ambos negam as acusações e afirmam que apresentarão defesa.

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