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Uberlândia registra média de 46 órfãos por ano desde 2021, apontam cartórios

O estudo mostra ainda que a pandemia de Covid-19 teve impacto significativo na orfandade no município, sendo responsável por ao menos um terço dos casos em 2021.

Tainá Camila

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Um levantamento inédito realizado pelos Cartórios de Registro Civil de Minas Gerais revelou que, desde 2021, Uberlândia registra, em média, 46 crianças e adolescentes órfãos por ano.

O estudo mostra ainda que a pandemia de Covid-19 teve impacto significativo na orfandade no município, sendo responsável por ao menos um terço dos casos em 2021.

Segundo o relatório, 14 crianças e adolescentes perderam pelo menos um dos pais devido à Covid-19 em 2021, de um total de 45 órfãos registrados naquele ano.

A análise utilizou dados consolidados a partir do cruzamento de CPFs nos registros de óbitos e nascimentos, o que permitiu a identificação exata do número de crianças e adolescentes que perderam um dos pais.

Cenário de orfandade em Uberlândia

O levantamento, consolidado pelo Sindicato dos Oficiais de Registro Civil de Minas Gerais (Recivil), revelou um panorama preocupante para os anos seguintes:
• 2021: 45 crianças órfãs, com 14 casos ligados à Covid-19.
• 2022: 34 registros de orfandade.
• 2023: Aumento para 40 casos.
• 2024 (até outubro): 68 órfãos, já superando o recorde anual anterior.

Genilson Gomes, presidente do Recivil, destacou a importância dos dados para entender o impacto social da orfandade.

“O cruzamento dos registros de óbitos e nascimentos com a implementação do CPF como identificador único nos permite oferecer à sociedade e ao poder público um panorama da orfandade em Minas Gerais, algo essencial para o planejamento de políticas públicas voltadas à proteção dessas crianças e adolescentes.”

Impacto da pandemia e doenças correlacionadas

Desde 2019, a Covid-19 e suas consequências deixaram pelo menos 17 crianças órfãs em Uberlândia, número que pode chegar a 27 ao incluir doenças correlacionadas, como insuficiência respiratória e causas indeterminadas.

Além disso, doenças como infarto, AVC, sepse e pneumonia, que tiveram aumentos significativos durante a pandemia, também contribuíram para o número de óbitos entre pais de crianças e adolescentes.

Políticas públicas e apoio necessário

O aumento no número de órfãos em Uberlândia reforça a necessidade de iniciativas de apoio social, psicológico e financeiro para crianças e adolescentes que enfrentam a perda de um dos pais.

Organizações sociais e o poder público podem usar os dados do Recivil para criar programas de assistência voltados a essas famílias.

Os números refletem não apenas as consequências diretas da Covid-19, mas também o impacto prolongado da pandemia na saúde pública e no bem-estar social.

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