Na última quinta-feira (30), uma mulher de 49 anos foi presa em Muriaé, cidade localizada na Zona da Mata de Minas Gerais, acusada de comprar um recém-nascido de apenas oito dias de vida.
Ela afirmou à Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) que a mãe do bebê seria sua filha adotiva. O caso gerou grande repercussão e envolveu investigações que remontam ao ano passado, quando a mulher já havia sido presa com um bebê recém-nascido em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
A polícia mineira estava monitorando a suspeita desde 2024, quando ela foi flagrada em posse de outro recém-nascido em Uberlândia, e respondia ao processo em liberdade.
A mulher foi localizada após uma denúncia anônima indicando que ela estaria com um bebê em Muriaé. Ao ser abordada pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), ela apresentou a certidão de nascimento da criança, mas suas alegações não convenceram as autoridades.
A polícia descobriu, então, que a mãe biológica da criança estava no Espírito Santo.
Em Guarapari, no Espírito Santo, a mãe de 31 anos foi presa no último sábado (1º) sob suspeita de falsidade ideológica e por entregar o filho a terceiros mediante pagamento.
Ela revelou aos policiais que conheceu a mulher de 49 anos pelas redes sociais em 2024 e que a suspeita viajou até o Espírito Santo para acompanhar o parto, ocorrido no dia 22 de janeiro deste ano.
Cinco dias após o nascimento, as duas mulheres se dirigiram a um cartório para registrar a criança e obter autorização para a viagem do bebê com a suspeita até Minas Gerais.
A mulher de 49 anos, então, viajou com o bebê para Muriaé, onde foi denunciada e presa. Durante o depoimento, a mãe do bebê confirmou que havia recebido pagamentos da mulher presa em Muriaé, embora os valores não tenham sido revelados pela polícia.
A operação foi conduzida em conjunto pelas polícias de Minas Gerais e do Espírito Santo.
A mãe biológica foi encaminhada ao sistema prisional do Espírito Santo, e o bebê foi entregue ao Conselho Tutelar de Muriaé. A Polícia Civil continua as investigações e a mulher de 49 anos permanece presa enquanto aguarda o julgamento.