A família de Guilherme, um menino de 12 anos diagnosticado com Distrofia Muscular de Duchenne, denuncia um golpe que usa sua imagem para fraudes na internet. Criminosos estariam se passando por representantes da campanha “Salve o Gui”, criada para arrecadar doações para o tratamento do garoto.
Golpe usa nome de criança com doença rara para enganar doadores
Leandro, pai de Guilherme, e Lia Valechi, vereadora e delegada de Uberlândia, alertaram em um vídeo publicado no Instagram.
“Os criminosos estão utilizando a minha imagem, a imagem do meu filho e a doença da qual ele é portador para se beneficiar”, denunciou Leandro.
Para evitar cair no golpe, a família reforça que as pessoas devem fazer as doações exclusivamente pelo perfil oficial @salveogui_, que possui selo de verificação no Instagram.
A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando o caso. “Os responsáveis serão identificados e punidos”, afirmou a delegada Lia Valechi.
Corrida contra o tempo para tratamento de Guilherme
Diagnosticaram Guilherme com Distrofia Muscular de Duchenne, uma doença genética degenerativa que compromete os músculos. Atualmente, a única esperança de tratamento é o medicamento Elevidys, aprovado pelo FDA (agência reguladora dos Estados Unidos).
O maior desafio da família é o alto custo do remédio: cerca de R$ 15 milhões (US$ 3 milhões). Sem cobertura do SUS, a família iniciou uma campanha para arrecadar fundos.
O caso ganhou repercussão após o Supremo Tribunal Federal (STF) negar o custeio do medicamento pelo Estado. “Precisamos depender da solidariedade das pessoas enquanto o governo se exime da responsabilidade”, criticou Leandro.
Distrofia Muscular de Duchenne
A Distrofia Muscular de Duchenne é uma condição rara que afeta cerca de 1 a cada 3.500 meninos no mundo. A doença provoca a perda progressiva dos movimentos, levando à perda da capacidade de andar entre os 10 e 12 anos.
Gui, como é carinhosamente chamado, ainda consegue se locomover, mas sua família teme que o tempo acabe para iniciar o tratamento. Ele completará 13 anos em 6 de fevereiro.
A expectativa de vida para portadores da doença varia entre 20 e 30 anos, sendo que o avanço do quadro compromete funções motoras, respiratórias e cardíacas.
O Elevidys inicialmente indicava-se apenas para crianças de até 5 anos, mas em 2024 o FDA ampliou a recomendação para todas as idades, desde que o paciente ainda consiga andar.
Como doar de forma segura
A família de Guilherme reforça a importância de fazer doações somente pelo canal oficial:
Instagram oficial: @salveogui_
Selo de verificação: Garante autenticidade
Atenção a pedidos suspeitos: Evite transferências por WhatsApp ou Pix enviados por terceiros