As xícaras da marca de luxo Tânia Bulhões, que podem custar mais de R$ 200, tornaram-se o centro de uma polêmica nas redes sociais. Consumidores identificaram semelhanças entre os produtos da empresa e peças vendidas no exterior a preços muito mais baixos.
Tânia Bulhões
Natural de Uberaba, no Triângulo Mineiro, Tânia Bulhões iniciou sua jornada empreendedora em 1989, com uma pequena loja de pratos, quadros e móveis pintados à mão. Em 1991, expandiu para São Paulo, onde consolidou sua marca.
Atualmente, a empresa é referência no mercado de perfumaria e artigos para casa, destacando-se pelo design sofisticado e pela parceria com a renomada Royal Limoges, uma tradicional fabricante francesa de porcelanas. Suas inspirações vêm da natureza, das memórias de infância e de suas viagens.
A marca também se expandiu fisicamente. No Triângulo Mineiro, possui um gazebo no Center Shopping Uberlândia, vendendo perfumes, cremes e aromatizadores, mas sem comercializar as louças envolvidas na polêmica.
Caso das xícaras
A controvérsia ganhou força após um vídeo no TikTok viralizar, atingindo quase 1 milhão de visualizações. No relato, uma consumidora encontrou uma xícara da coleção Marquesa em um café na Tailândia, sem a assinatura da marca brasileira. Comparando com sua peça original, notou que os produtos eram idênticos, exceto pelo selo da empresa.
A marca se pronunciou oficialmente em 4 de fevereiro, negando irregularidades e alegando que um fornecedor descumpriu contratos ao vender sobras de produção. Em 7 de fevereiro, anunciou a interrupção das coleções Marquesa, Mediterrâneo, Lírio e Entre Rios, além de oferecer trocas ou reembolsos aos clientes. Também informou que estuda criar uma unidade de produção própria em Uberaba para evitar situações similares.
Mudança de postura da marca
Inicialmente, a empresa adotou um tom defensivo, mas, após pressão pública, publicou um novo comunicado com um posicionamento mais conciliador, agradecendo aos clientes que levantaram a questão e pedindo desculpas pela insegurança gerada.