Um caseiro picado por jararaca em uma fazenda a cerca de 60 quilômetros de Uberlândia precisou dirigir a distância para garantir o próprio socorro. O homem foi mordido na mão pela cobra, considerada uma das espécies peçonhentas mais perigosas da fauna brasileira.
O paciente chegou sozinho a Uberlândia e buscou atendimento inicial na Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do Bairro Roosevelt. Posteriormente, foi transferido para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). Esta unidade é a referência regional para o tratamento de acidentes com serpentes.
O caseiro recebeu o soro antiofídico, específico para o veneno da jararaca (soro antibotrópico), logo após ser transferido. O tratamento é fundamental. Isto porque o veneno botrópico afeta a coagulação do sangue, podendo causar hemorragias e, sem tratamento, levar à necrose do tecido e até à morte. O paciente, que não teve a idade revelada, passa bem.
O soro antiofídico usado no tratamento é produzido exclusivamente pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e é distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para unidades de referência, como o HC-UFU. Desse modo, a presença de um centro especializado em Uberlândia é crucial para atender toda a demanda do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
O HC-UFU não divulgou detalhes sobre o estado de saúde do caseiro após a aplicação do soro.
Sintomas da picada e como agir
A jararaca causa dor intensa e inchaço imediato no local da picada. Podem surgir também bolhas e sangramentos, inclusive à distância. Conforme orientações de especialistas, nunca se deve recorrer a medidas caseiras.
É fundamental que o paciente:
- Não aplique torniquetes ou tente chupar o veneno.
- Lave o local apenas com água e sabão.
- Procure atendimento médico imediato em Uberlândia ou na unidade de saúde mais próxima.
- Mantenha o membro picado elevado e a vítima deitada.
A correta identificação da serpente ajuda no tratamento, mas a prioridade é a busca imediata pelo soro.


