Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou, em 2024, 73.156 sinistros e 6.160 mortes nas rodovias federais do país. Minas Gerais lidera o ranking nacional, com 9.296 sinistros e 794 óbitos no ano, segundo o Anuário 2024. O dado reforça o desafio histórico do estado: grande extensão territorial, malha antiga e intenso fluxo de caminhões e veículos leves.
Recorte regional: BRs do Triângulo
No Triângulo Mineiro, os trechos das BRs 050, 365, 452 e 153 combinam alto volume de cargas, acessos urbanos e segmentos ainda não duplicados. Na BR-050, o eixo entre Uberlândia e Uberaba segue como corredor estratégico, com tráfego intenso e pedágios em operação. Na BR-365, segmentos entre a região de Ituiutuba e o Alto Paranaíba permanecem com longos trechos de pista simples, o que amplia o risco de colisões frontais. A BR-452, ligando Uberlândia a Tupaciguara, e a BR-153, na altura do Trevão em Monte Alegre de Minas, também figuram entre os pontos de atenção mapeados pela PRF.
Números por rodovia (Minas Gerais, PRF 2024)
- BR-381 (Fernão Dias): 1.247 sinistros | 91 óbitos
- BR-040: 882 sinistros | 65 óbitos
- BR-262: 714 sinistros | 53 óbitos
- BR-050 (Triângulo): 639 sinistros | 44 óbitos
- BR-365 (Triângulo): 481 sinistros | 39 óbitos
- BR-452 (Triângulo): 126 sinistros | 10 óbitos
- BR-153 (Triângulo): 308 sinistros | 27 óbitos

Mesmo com menor extensão que as principais rodovias do estado, as BR-050 e BR-365, que cortam o Triângulo Mineiro, aparecem logo atrás das campeãs de ocorrências, o que evidencia a densidade de tráfego e o alto risco dos trechos regionais.
Segundo a corporação, fatores comportamentais seguem decisivos para a gravidade das ocorrências: “excesso de velocidade, ultrapassagem indevida e álcool ao volante continuam entre as principais causas”. A combinação desses vetores se agrava em fins de semana e feriados, quando o fluxo cresce em rotas turísticas e de escoamento da produção agrícola.
Minas no topo e o que pode reduzir os números
Apesar de melhorias pontuais em trechos concedidos, o impacto na redução de mortes ainda é limitado. Especialistas defendem um pacote contínuo: obras de duplicação e correção de traçado, manutenção de pavimento e sinalização, fiscalização com tecnologia (radares, etilômetros e câmeras) e campanhas educativas permanentes voltadas a condutores profissionais e motoristas de passeio.
No caso do Triângulo, intervenções estruturais na BR-365 e soluções de segurança viária nos acessos urbanos da BR-050 podem reduzir conflitos de tráfego. Além disso, ampliar bases operacionais e presença de equipes em trechos críticos tende a encurtar tempos de resposta a ocorrências e a dissuadir condutas de risco.



É lamentável a privatização muita mal feita dos trechos de Uberlândia Patrocínio e Irai de Minas a Uberaba ja com 2 anos a pista continua simples mal recapeada , nenhum acostamento e nem adicional foi feito e pedagios caríssimos pelo que oferecem em troca. Também acho que nas causas dos acidentes além dos excessos de velocidade, álcool a concessionária também é responsável pois não faz nada para melhorar a segurança.