A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) iniciou as obras dos novos Complexos Multiusuários de Pecuária de Precisão e de Biotecnologia Vegetal. Estas obras acontecem no Campo Experimental Getúlio Vargas, em Uberaba (MG). As instalações marcam uma nova fase de modernização da unidade. Esta modernização tem foco na inovação científica e na eficiência produtiva da agropecuária mineira.
Campo experimental
A revitalização do campo experimental, localizado no Triângulo Mineiro, contempla estruturas voltadas à avaliação do desempenho alimentar de bovinos. Além disso, o campo busca o desenvolvimento de pesquisas com mudas de alto padrão genético. Os trabalhos incluem, ainda, estudos com culturas de tecidos vegetais. Também, os pesquisadores desenvolvem estratégias de controle de pragas e doenças.
“Hoje realizamos um grande avanço. Com a entrega do centro de biotecnologia, serão conduzidas pesquisas importantes na área de vegetais, com perspectivas de expansão para outras áreas da biotecnologia. Temos também um projeto fundamental com plantas medicinais para o controle do câncer”, afirmou a presidente da Epamig, Nilda Soares, durante a cerimônia de inauguração.
Complexo de Biotecnologia Vegetal
O Complexo de Biotecnologia Vegetal está voltado à produção de mudas de café e oliveira com alto valor genético. O complexo também oferece infraestrutura para análises laboratoriais, cultivo de tecidos e testes de sanidade. Já o Complexo de Pecuária de Precisão se destaca por seu caráter pioneiro. Este complexo possui uma estrutura equipada com cochos automatizados. Além disso, sensores monitoram, em tempo real, o consumo de ração, água, volumoso e capim por cada animal.
“Estamos capacitados com tecnologias que visam eliminar um dos grandes gargalos da pecuária leiteira, que é a coleta de dados”, disse o chefe da Epamig Oeste, Fernando Franco. Segundo ele, os dispositivos permitem, ainda, o desenvolvimento de algoritmos para prever partos e doenças. Ademais, os dispositivos identificam os animais com melhor desempenho genético. “Especialmente na raça Gir, isso representa maior precisão nas pesquisas. É importante destacar a redução do tempo de trabalho e dos custos com mão de obra.”
A implantação e revitalização das estruturas duraram cerca de dois anos. Quatro projetos, financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), viabilizaram essas iniciativas. Além disso, houve um financiamento pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Durante o evento, também foi apresentada a Fita de Pesagem para o Gir Leiteiro. Este instrumento estima o peso do animal a partir da medida do perímetro torácico. O equipamento, segundo a Epamig, contribui para um manejo mais preciso e econômico. Isso é especialmente importante em rebanhos de leite.