O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio de Minas Gerais alcançou R$ 235 bilhões em 2024, registrando um crescimento nominal de 10,2% em comparação com o ano anterior. Os dados são da Fundação João Pinheiro (FJP), em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e o Sistema Faemg.
Apesar de uma leve retração de 0,5% no volume físico produzido, a alta de 10,2% nos preços médios das commodities garantiu o avanço do setor. Com esse desempenho, o agronegócio passou a representar 22,2% do PIB total mineiro, que fechou o ano em R$ 1,06 trilhão — um crescimento de 3,1% em relação a 2023.
Cadeias produtivas ganham destaque
O núcleo do agronegócio, composto pelas atividades primárias como agricultura, pecuária e florestas, apresentou crescimento no valor adicionado, passando de R$ 61,8 bilhões para R$ 70 bilhões entre 2023 e 2024. Já os segmentos da cadeia secundária — que incluem agroindústria e serviços — também tiveram desempenho positivo, subindo de R$ 152,7 bilhões para R$ 165 bilhões no mesmo período.
Segundo o estudo, mesmo com menor volume de produção em algumas lavouras, a valorização dos produtos no mercado compensou as perdas e impulsionou a receita do setor. Além disso, a agroindústria e os serviços ligados ao campo demonstraram resiliência, com crescimento real de 1,7%.
Setor mantém protagonismo na economia estadual
Para o governo de Minas, o resultado reforça a importância do agronegócio na geração de riquezas, empregos e no desenvolvimento regional. “Minas segue firme como uma das maiores potências agropecuárias do Brasil, e os números demonstram isso com clareza”, destacou o secretário da Seapa, Thales Fernandes.
A Fundação João Pinheiro ressalta que o desempenho do setor também reflete investimentos em tecnologia, expansão da agroindústria e o fortalecimento das cadeias produtivas nos municípios do interior.
Perspectivas para 2025
Com a expectativa de melhora nas condições climáticas e estabilidade nos preços, especialistas projetam que o agronegócio mineiro deve manter ritmo de crescimento em 2025. O setor continua sendo considerado estratégico para a economia estadual e nacional.