O deputado estadual Alencar da Silveira Jr. (PDT) registrou oficialmente sua candidatura à primeira das três vagas abertas no Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), nesta quarta-feira (2). A cadeira está vaga desde abril de 2024, quando o ex-conselheiro José Alves Viana se aposentou compulsoriamente.
O parlamentar reuniu 73 das 76 assinaturas possíveis na Assembleia, superando o recorde anterior de 70, alcançado pelo atual conselheiro Agostinho Patrus. Não assinaram o requerimento os deputados Bella Gonçalves (PSOL), Carlos Henrique (Republicanos) e Sargento Rodrigues (PL), este último também na disputa por uma vaga no TCE-MG.
O prazo para inscrições vai até a próxima quarta-feira (9). Até lá, há expectativa sobre novos desdobramentos, especialmente envolvendo outro nome do PDT, o deputado Thiago Cota, aliado próximo do governador Romeu Zema (Novo), também cotado para uma das vagas no tribunal.
A idade pesa a favor de Alencar. Com 63 anos, ele cumpriria mandato de até 12 anos no TCE-MG, enquanto deputados mais jovens, como Tito Torres (PSD), de 41 anos, poderiam permanecer até 34 anos. Para evitar mandato tão prolongado, há consenso entre os parlamentares em preferir alguém mais velho.
Na tribuna, Alencar agradeceu o apoio massivo. “É o início de uma caminhada. Vamos participar da sabatina, depois vem a votação em plenário e, depois, o nosso trabalho dentro do TCE-MG,” declarou.
Suplências agitadas no PDT
Com Alencar quase certo no TCE-MG, crescem as especulações sobre quem herdará sua cadeira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O primeiro suplente do PDT é Carlos Pimenta, ex-deputado com forte presença regional. O segundo suplente é Marcelo Heringer, que, segundo relatos, está em dúvida sobre assumir a cadeira caso seja chamado. Segundo fontes da Coluna Poder o assunto foi abordado durante um encontro partidário realizado no último fim de semana em Belo Horizonte.
Outro suplente, Wagner, está fora do jogo após trocar de partido. Assim, surge a possibilidade de Claudia Guerra, terceira suplente, assumir uma cadeira. Para que isso aconteça, no entanto, seriam necessários alguns movimentos: a saída de Alencar, uma eventual indicação de Thiago Cota ao TCE-MG e a desistência formal de Marcelo Heringer.
Claudia, ligada a causas culturais e sociais, é vista como um novo fôlego para a bancada pedetista e para a presença feminina na ALMG. “Se o Alencar sobe, o Pimenta entra. Se o Thiago for também, aí pode abrir caminho para a Claudia Guerra. Só que o Marcelo Heringer precisa bater o martelo sobre se quer ou não assumir. Isso está indefinido,” revelou à coluna um interlocutor próximo à direção do PDT.
Nos bastidores, há quem diga que o presidente da ALMG, Matheus, tem trabalhado intensamente para construir consenso interno e evitar fissuras no plenário. Essa costura política explica, inclusive, a demora para sacramentar de vez o nome de Alencar no TCE-MG.
Agora, resta saber: o PDT terá dois nomes no TCE-MG? E Claudia Guerra, enfim, será deputada estadual?
Conteúdo faz parte da Coluna Poder, assinada por Adelino Júnior, que acompanha os bastidores da política no Triângulo Mineiro.
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