A deputada federal Dandara Tonantzin quebrou o silêncio após a Executiva Nacional do PT barrar sua candidatura à presidência do partido em Minas Gerais. Por meio de uma nota pública, ela reafirmou que continua na disputa e que vai recorrer ao Diretório Nacional para tentar reverter a decisão.
O caso tem movimentado os bastidores da política mineira. A votação na Executiva foi apertada: 15 votos contra a candidatura de Dandara e 14 a favor. O voto decisivo, segundo fontes internas, foi do presidente nacional da sigla, o senador Humberto Costa.
O motivo da impugnação foi um problema técnico em um pagamento de R$ 130 mil de contribuição partidária, que segundo a própria Dandara, teria sido solucionado logo após o erro ser identificado.
Nota pública e mobilização de aliados
No comunicado, Dandara usou o histórico slogan petista “Presidente quem escolhe é a gente” para reforçar o discurso de que cabe à militância decidir o futuro da legenda em Minas. Ela ainda classificou o episódio como uma “injustiça” e prometeu levar a disputa até as últimas instâncias partidárias.
“Um erro técnico bancário, que não foi causado pela companheira Dandara, imediatamente solucionado assim que descoberto, foi utilizado de maneira tendenciosa e parcial para tentar barrar sua candidatura à presidência do PT de Minas Gerais”, diz a nota assinada também por lideranças como Reginaldo Lopes, Marília Campos e Miguel Ângelo.
O grupo político de Dandara vem tentando unificar diferentes tendências do PT em Minas. A pré-candidatura, lançada com o apoio de Reginaldo Lopes, já tinha conseguido importantes adesões internas antes da decisão da Executiva.
Disputa interna e cenário eleitoral
Se a exclusão for mantida, o cenário dentro do PT mineiro muda de forma significativa. A deputada estadual Leninha, atual vice-presidente da Assembleia Legislativa, passa a ser vista como a principal favorita. Também estão na disputa os nomes de Esdras Juvenal e Juanito Vieira.
A eleição interna que vai definir a nova presidência estadual do PT está marcada para o dia 6 de julho. Até lá, os aliados de Dandara trabalham para tentar reverter a decisão no Diretório Nacional, cuja data de reunião ainda não foi definida.
“Vamos às últimas consequências para garantir que a militância do PT possa escolher”, finaliza a nota.
Conteúdo faz parte da Coluna Poder, assinada por Adelino Júnior, que acompanha os bastidores da política no Triângulo Mineiro.
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