O nome do prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão (Novo), entrou de vez no radar político da sucessão estadual. Citado pelo vice-governador Mateus Simões (PSD) como possível candidato a vice, Falcão passa a ocupar posição estratégica na engrenagem que articula a continuidade do grupo de Romeu Zema no comando do Estado.
Durante entrevista coletiva em Ituiutaba, Simões afirmou que Falcão “é uma figura muito importante na política estadual, presidente da AMM e com funções relevantes a cumprir”. A menção, soou como sinal público de confiança e foi interpretada como um gesto do acordo entre PSD e Novo.
Segundo fontes ouvidas pela Coluna Poder, já há um entendimento consolidado entre aliados de Mateus Simões de que o vice sairá do partido Novo. A decisão teria sido discutida nas últimas reuniões da base, como forma de manter o simbolismo de continuidade do grupo que elegeu Romeu Zema. Esse acerto interno reforça o nome de Luís Eduardo Falcão, hoje uma das principais lideranças do Novo em Minas, fortalecendo sua posição na chapa e ampliando o peso político da região do Alto Paranaíba no processo sucessório.
Estratégia Política
A possível escolha de Falcão também faz sentido do ponto de vista estratégico. Com Mateus Simões concentrando sua base política na Região Metropolitana e no eixo administrativo de Belo Horizonte, o grupo entende que é fundamental ter um vice do interior para equilibrar a chapa. O prefeito de Patos de Minas, com forte inserção regional e bom trânsito entre prefeitos, cumpre esse papel com naturalidade — aproximando o governo estadual da realidade municipal e reforçando a identidade mineira do projeto.

O prefeito que virou referência em gestão
Reeleito com ampla vantagem em 2024, Falcão consolidou em Patos de Minas um modelo de gestão baseado em eficiência fiscal e modernização administrativa — linha semelhante à adotada por Zema. À frente da Associação Mineira de Municípios (AMM), ganhou capilaridade política e trânsito entre prefeitos de todas as regiões do estado.
A projeção estadual o coloca como um ativo eleitoral valioso, principalmente num cenário em que o PSD busca aproximação com o interior e com o setor produtivo, pilares centrais da base de Zema.
PSD e Novo testam convivência
A hipótese de uma dobradinha entre PSD e Novo — partidos que até pouco tempo estavam em campos distintos — é vista como um caminho que não tem mais volta. A filiação de Simões ao PSD abriu espaço para alianças mais amplas, incluindo o PP, União Brasil, Podemos, PRD e Solidariedade.
Com Falcão de vice, a chapa ganha lastro junto ao municipalismo e reforça o discurso de continuidade do “modelo Zema”, mesclando gestão técnica e articulação política.
Nos bastidores, o nome de Falcão agrada também ao próprio governador, que vê nele perfil de confiança e lealdade. O cenário ainda depende de costuras partidárias, mas a sinalização de Simões, em público, foi o suficiente para colocar Patos de Minas no centro do tabuleiro mineiro.


