O clima político voltou a esquentar na Câmara Municipal de Uberlândia. Um pedido de cassação contra o vereador Adriano Zago (Avante) foi protocolado na manhã desta segunda-feira (20), sob acusação de uso indevido do plenário Homero Santos para realização de um evento privado com cobrança de inscrições.
A denúncia foi apresentada por Jessiane Gorette de Paula Ribeiro e recebida oficialmente pela presidência da Casa, conforme carimbo de protocolo datado desta segunda-feira (20/10). O documento pede a abertura de uma Comissão Processante para apurar suposta quebra de decoro parlamentar e uso indevido de bem público.
Segundo o relato da denunciante, Zago teria autorizado a realização do “5º Workshop Neurologia Biomédica Clínica” no plenário da Câmara, entre os dias 7 e 28 de setembro, com cobrança de inscrições no valor de R$ 550. A peça aponta que a cessão do espaço público para fins lucrativos fere o Regimento Interno e a Lei Federal nº 8.429/1992, que trata de atos de improbidade administrativa.
“O uso do bem público (plenário) com finalidade privada e lucrativa caracteriza, em tese, conduta incompatível com o decoro parlamentar e a moralidade administrativa”, cita o documento, que também pede o envio das informações ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado.
Bastidores e precedentes
O caso movimentou os bastidores da Câmara, que nos últimos meses já havia analisado situação semelhante. Em setembro, os vereadores decidiram arquivar uma denúncia contra o vereador Queijinho, o caso foi tema da Coluna Poder.
O novo pedido de cassação testa novamente a unidade do plenário e coloca em pauta a atuação da base governista e dos blocos independentes. Nos bastidores, parlamentares avaliam que o desfecho do caso Zago pode influenciar o ambiente político da Casa nos próximos meses. Diferentemente de Queijinho, que integra a base aliada, Adriano Zago é um dos mais duros críticos da atual administração municipal — o que adiciona contornos políticos à denúncia protocolada.
O jornalista Danilo Caixeta, do portal Paranaíba Mais, foi o primeiro a divulgar a existência da denúncia.
Próximos passos
Após a leitura da denúncia em plenário, caberá aos vereadores decidir, por votação nominal, se será instaurada a Comissão Processante. Caso o pedido seja aceito, Zago terá direito à ampla defesa e ao acompanhamento de todo o processo.

O que diz Zago?
Procurado pela Coluna Poder, o vereador Adriano Zago (Avante) classificou a denúncia como “absurda” e negou que tenha havido qualquer cobrança pelo evento realizado no plenário da Câmara. Segundo ele, o encontro tratou de temas ligados à naturologia biomédica e práticas integrativas, e foi promovido em razão de sua autoria na lei que criou o Plano Municipal de Práticas Integrativas em Uberlândia.
“Alegam que nós usamos o plenário de forma indevida, cobrando por palestras, o que não é verdade. Daqui a pouco nós subiremos nas nossas redes sociais um vídeo mostrando os palestrantes e esclarecendo que o evento foi gratuito. Acredito que isso não passa de uma perseguição política, e vamos descobrir quem de fato está por trás dessa denúncia”, declarou o vereador.
Ouça a resposta completa de Adriano Zago:
Conteúdo faz parte da Coluna Poder, assinada por Adelino Júnior, que acompanha os bastidores da política no Triângulo Mineiro.
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Agora que o VEREADOR é da OPOSIÇÃO vai ser cassado né? Kkkkk Vcs livraram a cara do QUEIJINHO que CONFESSOU o CRIME.. O ELEITOR tem que criar VERGONHA na CARA e não votar nessa CAMBADA de MALANDROS