A oficialização da União Progressista — federação entre União Brasil e Progressistas — mexeu com o xadrez político em Uberlândia.
Em Uberlândia Na Câmara Municipal, a União Progressista passa a contar com oito vereadores: Abatenio Marquez, Antônio Carrijo, Delegada Lia Valechi, Ivan Nunes, Jair Ferraz, Raphael Leles (licenciado, atualmente secretário de Serviços Urbanos), Sargento Ednaldo, Thais Andrade (suplente em exercício) e Zezinho Mendonça, presidente da Casa.
No legislativo estadual, o grupo tem como representante o deputado estadual Arnaldo Silva. Já na Câmara Federal, a representação vem com a deputada Ana Paula P. Junqueira Leão.
O presidente do União Brasil em Uberlândia, Sérvulo Fernandes Veloso Neto, que também atua na Diretoria de Relacionamento com as Comunidades da Prefeitura ainda não se pronunciou oficialmente sobre a federação.
Nos bastidores, a movimentação gera repercussões distintas entre os dois partidos. Parte do Progressistas — historicamente ligado a Odelmo Leão — vinha demonstrando certo afastamento da atual gestão de Paulo Sérgio Ferreira, também do PP. Já o União Brasil, presidido localmente por Sérvulo Fernandes Veloso Neto, segue com atuação próxima à Prefeitura, com alinhamento político ativo.
Para conter especulações, o prefeito Paulo Sérgio reforçou recentemente, durante a 8ª Abertura da Safra Mineira de Açúcar e Etanol, em Uberaba, que conta com todos os aliados e não trabalha com a ideia de rompimento. O prefeito destacou nominalmente Odelmo Leão, Arnaldo Silva, Ana Paula Leão, Weliton Prado e Elismar Prado como integrantes de seu grupo político. Segundo ele, o objetivo é manter a unidade e fortalecer ainda mais a base, que hoje conta com 20 dos 27 vereadores da Câmara Municipal.
Confirmando o alinhamento, o ex-prefeito Odelmo Leão também se manifestou nas redes sociais, celebrando a oficialização da federação União Progressista. Em vídeo publicado nesta segunda-feira (29), Odelmo relembrou sua história como fundador do Progressistas, ao lado da deputada Ana Paula, e comemorou a formação da maior bancada da Câmara Federal. Para ele, trata-se de uma “grande realização” e um marco político para o país.
Apesar da fala pública em defesa da união, nos bastidores o cenário ainda exige habilidade política. A federação, que terá atuação unificada por ao menos quatro anos, pode ser tanto uma alavanca para novas articulações quanto uma arena de embates silenciosos.
A disputa de 2026 será o primeiro grande teste.
🔵 A análise faz parte da Coluna Poder, assinada por Adelino Júnior, que acompanha os bastidores da política no Triângulo Mineiro.