A corrida pelo Palácio Tiradentes começou mais cedo do que o previsto — e com um velho conhecido no centro do tabuleiro. Aécio Neves (PSDB), ex-governador e ex-senador, tem retomado articulações de peso para se lançar candidato ao governo de Minas Gerais em 2026. A movimentação foi revelada pelo Estadão e confirmada nos bastidores do ninho tucano mineiro.
Com a popularidade ainda dividida após anos turbulentos, Aécio aposta no recall de seu governo (2003-2010) e na fragilidade de outras lideranças estaduais do PSDB. Seu foco, segundo interlocutores, é garantir um palanque competitivo em Minas — que segue sendo um dos maiores colégios eleitorais do país e ponto-chave para a disputa presidencial.
Aliados próximos, como os deputados Paulo Abi-Ackel e Rodrigo de Castro, já costuram apoios em várias frentes. No Congresso, Aécio também tem fortalecido pontes com nomes do Centrão, sinalizando que pode se aliar a partidos como o PSD ou até mesmo o União Brasil em eventual composição majoritária.
A grande pergunta que corre nas rodas políticas: Aécio tem voto suficiente para um retorno ao protagonismo? Ou essa é apenas uma jogada para manter influência e barganhar espaço para aliados em 2026?
O atual governador Romeu Zema (Novo), que já terá cumprido dois mandatos, é carta fora do baralho estadual — mas tenta transferir capital político para um sucessor, Matheus Simões. Já o PT mira a cadeira mineira com nomes como Reginaldo Lopes ou mesmo a ex-ministra Dilma Rousseff em um eventual retorno à política doméstica, ou até mesmo o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Se confirmado, o movimento de Aécio mexe com todo o jogo mineiro. E pode forçar Jair Bolsonaro e Lula a redefinirem suas estratégias no estado. A velha raposa ainda conhece o caminho da toca?