A dengue segue em ritmo preocupante no Triângulo Mineiro. Dados atualizados revelam que a região de Uberlândia e Ituiutaba já contabiliza 13 óbitos confirmados pela doença em 2025. O número reforça o alerta sanitário em um momento em que os casos graves continuam a crescer.
De acordo com informações consolidadas pela Secretaria de Estado de Saúde, 815 pessoas apresentaram quadros graves ou com sinais de alarme, o que inclui sintomas como dor abdominal intensa, vômitos persistentes e sangramentos. A taxa de letalidade entre esses casos mais severos é de 1,60%.
Perfil das vítimas
A análise do perfil etário das vítimas mostra uma distribuição ampla entre idosos e adultos de meia-idade, com destaque para a população masculina, que representa 61,54% dos óbitos. Entre as faixas mais afetadas estão pessoas entre 60 e 89 anos, com registros de mortes tanto entre homens quanto entre mulheres.
Abaixo dos 30 anos, não houve nenhuma morte registrada.
Veja a seguir a distribuição etária dos óbitos:
- 90 anos ou mais: feminino (7,69%)
- 80 a 89 anos: feminino (7,69%), masculino (15,38%)
- 70 a 79 anos: masculino (7,69%)
- 60 a 69 anos: feminino (7,69%), masculino (15,38%)
- 50 a 59 anos: masculino (15,38%)
- 40 a 49 anos: feminino (7,69%), masculino (7,69%)
- 30 a 39 anos: feminino (7,69%)
A maioria das vítimas não tinha comorbidades
Um dado que chama atenção é que 84,62% das mortes ocorreram em pessoas sem comorbidades pré-existentes. Apenas duas vítimas (15,38%) apresentavam condições associadas, como hipertensão ou diabetes.
Entre os que tinham comorbidades, a hipertensão foi a mais frequente, presente em 11 casos, seguida por diabetes e doença renal, com 4 ocorrências cada. Outros fatores como doença ácido-péptica e alterações hematológicas também foram observados, ainda que em menor escala. Nenhum caso foi relacionado a doenças autoimunes ou hepatopatias.
Prevenção segue como principal arma
Com a alta incidência de casos e mortes, especialistas reforçam a necessidade de eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. Medidas como tampar caixas d’água, eliminar recipientes com água parada e uso de repelente continuam sendo essenciais.
A Secretaria de Saúde também reforça o chamado à população para procurar atendimento médico aos primeiros sintomas da doença, como febre alta, dor no corpo e manchas vermelhas na pele.