Com estreia oficial realizada na última quarta-feira, 28 de maio, em Ituiutaba, o documentário Silêncio Roubado, dirigido por Marcelo Honorato, joga luz sobre uma das mais graves violações de direitos humanos no Brasil: a violência sexual contra crianças e adolescentes. Foi produzido em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais. O filme busca ampliar o debate público e fornecer subsídios técnicos para o enfrentamento do problema.
Início da produção
A pesquisa que deu origem ao documentário teve início em outubro do ano passado e contou com a atuação conjunta de Honorato e da promotora Ana Paula Lourenço, da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Ituiutaba. Ao longo dos meses, a equipe percorreu cidades como Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e a própria Ituiutaba. Eles ouviram especialistas em infância, promotores de Justiça, médicos, escritores internacionais e profissionais ligados à rede de proteção.
Segundo os realizadores, o objetivo é retratar de forma abrangente a realidade que milhares de crianças e adolescentes enfrentam. Estes são brasileiros vítimas de abusos, negligência e omissão. “Silêncio Roubado” se propõe a romper a barreira da invisibilidade. Para isso, traz à tona relatos reais, análises técnicas e entrevistas que ilustram o impacto da violência sexual. Além disso, mostra as dificuldades institucionais para combatê-la.
Colaboração do Ministério Público
A produção tem direção e pesquisa de Marcelo Honorato, com colaboração de Ana Paula Fernandes Rosa. Régis Costa cuidou das imagens e da edição, enquanto Júlio Dias assinou a produção executiva. O lançamento ocorreu no Ápice – Centro Educacional, em evento aberto ao público.
Honorato, que já dirigiu documentários sobre autismo e cultura regional, afirma que vê na comunicação uma ferramenta de transformação. “É um trabalho duro, mas necessário. Precisamos olhar para o que está escondido e dar voz a quem foi silenciado”, afirma.
O documentário é uma realização da Honorato Produções com apoio do Ministério Público. A iniciativa busca, além da denúncia, fomentar políticas públicas voltadas à prevenção e ao atendimento das vítimas. A expectativa é que o filme circule em escolas, instituições e espaços de formação em direitos humanos. Assista!