
As gravações do documentário “O Monstro do Triângulo”, produção da Coevos Filmes para exibição no Canal Brasil, da TV Globo, começaram no último sábado (25) e devem seguir até o início de novembro em Uberlândia, Ituiutaba, Capinópolis, Canápolis e Centralina, no Triângulo Mineiro.
O projeto busca reconstituir a história de Orlando Sabino, figura que teria aterrorizado cidades da região na década de 1970 e ficou conhecida como “o monstro de Capinópolis”. A produção promete revisitar locais onde teriam ocorrido os homicídios atribuídos ao homem, que foi preso em 1972 após o que ficou conhecido como a maior caçada humana da história de Minas Gerais.
Equipe do RJ grava cenas em cidades do Triângulo
Uma equipe de cineastas do Rio de Janeiro chegou à região no fim de semana e está percorrendo os pontos ligados ao caso. Estão sendo entrevistados familiares de vítimas, policiais que participaram da caçada, testemunhas e sobreviventes da época.
O produtor José Jofily e os diretores Pedro Rossi e Isabel Jofily, reconhecidos no cinema nacional, integram a equipe responsável pelas gravações. As primeiras cenas foram rodadas em Uberlândia e Ituiutaba, e a equipe seguirá nos próximos dias para as demais cidades.
De acordo com os produtores, novas filmagens também devem ocorrer em Tupaciguara, Patrocínio, Coromandel e em municípios do Sul de Goiás, onde há registros de crimes atribuídos a Sabino.
História de Orlando Sabino inspira o documentário
O documentário é baseado no livro “O Monstro de Capinópolis – A História de Orlando Sabino”, escrito pelo jornalista estrelassulense Pedro Divino Rosa, conhecido como Pedro Popó. Repórter investigativo, o autor reconstruiu a trajetória de Sabino, acusado de cometer diversos assassinatos no Triângulo Mineiro e no Sul de Goiás.
Após ser preso em 1972, Sabino foi considerado inimputável pela Justiça e permaneceu internado em um hospital judicial mineiro por 38 anos e seis meses. Sua história, marcada por violência, medo e mistério, ainda desperta curiosidade e debate sobre crime, loucura e exclusão social no interior de Minas Gerais.


