
A Justiça de Minas Gerais manteve a absolvição de Pâmela Volp no processo da Operação Má Impressão, em que a ex-vereadora de Uberlândia era acusada de usar notas fiscais falsas para justificar gastos com serviços gráficos inexistentes, em um suposto desvio de mais de R$ 180 mil. A decisão foi confirmada na quinta-feira (30).
Esta é a segunda absolvição de Pâmela em um caso iniciado em 2019. O juiz André Ricardo Botasso apontou que as notas fiscais não foram periciadas e que testemunhas-chave não foram ouvidas, o que impediu o Ministério Público de comprovar crimes como peculato ou lavagem de dinheiro.
A defesa afirmou que a comunicação com a gráfica era feita por uma assessora parlamentar e que as notas fiscais teriam sido alteradas sem o conhecimento da ex-vereadora. O tribunal aplicou o artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal, que permite a absolvição por insuficiência de provas.
Dos 20 vereadores investigados, Pâmela foi a única a enfrentar o processo até o fim. Os demais recorreram a acordos judiciais. Apesar da absolvição, a ex-vereadora permanece presa em outro caso, relacionado à Operação Libertas, que investiga tráfico de pessoas em Uberlândia.
A advogada Fabiana Martins afirmou que Pâmela mantém seu direito à presunção de inocência e que as demais acusações ainda estão em andamento.


