A luta do goleiro Cássio, do Cruzeiro, em prol das pessoas no espectro autista, recebeu uma emocionante homenagem em Uberlândia. Recentemente, a Câmara Municipal da cidade aprovou um projeto de lei fundamental em defesa de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista). O texto foi batizado de Lei Maria Luiza Autismo, em nome da filha do atleta cruzeirense. Maria Luiza, de sete anos, foi diagnosticada com TEA.
Essa iniciativa é de extrema importância. Afinal, a nova legislação busca garantir os direitos de crianças autistas na rede de ensino. Pela lei aprovada, as escolas de Uberlândia que negarem a matrícula de alunos autistas precisam fazer a recusa por escrito. Além disso, as instituições podem ser penalizadas caso não aceitem crianças com TEA. Um vereador da cidade confirmou que a escolha do nome é, de fato, uma homenagem ao goleiro e à sua família.
O que a Lei Maria Luiza garante?
A legislação de Uberlândia é clara e visa o suporte efetivo. Primeiramente, ela determina que as crianças com Transtorno do Espectro Autista tenham a garantia da presença de um profissional de apoio dentro da sala de aula.
O texto reflete a importância de acolher esses estudantes. Em agosto, o próprio arqueiro cruzeirense, de 38 anos, usou as redes sociais para desabafar. Ele relatou as dificuldades enfrentadas para matricular Maria Luiza em escolas de Belo Horizonte. Cássio e sua esposa procuraram diversas instituições. No entanto, o principal obstáculo era a recusa em aceitar a profissional especializada que acompanha a menina desde os dois anos.
O goleiro destacou a dor dessa experiência: “Tenho tentado matricular minha filha em diferentes escolas, mas a resposta quase sempre é a mesma: ela não é aceita. Tudo isso porque a Maria tem uma pessoa especializada que a acompanha desde os 2 anos de idade.”
Ele explicou que a profissional conhece Maria profundamente e poderia ajudá-la na sala sem atrapalhar as atividades. Contudo, as escolas não aceitavam essa ajuda. “Muitas vezes somos chamados para conversar […] No final, a resposta é sempre negativa“, finalizou Cássio.


