O governo de Minas Gerais anunciou a criação de 22.032 novas vagas no sistema prisional do estado. A medida busca reduzir a superlotação carcerária, e o governo formalizou o compromisso em um documento na noite desta quarta-feira (5).
Novas unidades
O plano prevê a construção de 25 novas unidades prisionais, cada uma com capacidade para 864 detentos, além de um presídio menor, com 432 vagas. Ao todo, a expansão busca zerar o déficit carcerário de aproximadamente 22 mil vagas.
Zema afirmou que a ampliação será gradual e destacou que o objetivo é reduzir a superlotação das penitenciárias mineiras nos próximos anos.
“A partir de agora, com toda certeza, ano a ano, vamos reduzir esse déficit. Se hoje é 22 mil, queremos que, daqui a um ano, seja 19 mil, 15 mil, e, com o tempo, vamos alcançar um patamar aceitável”, disse Zema.
Investimento na segurança pública
Além das novas unidades, o governo planeja construir três complexos prisionais na Região Metropolitana de Belo Horizonte e reformar integralmente o Complexo Penitenciário Nelson Hungria, localizado em Contagem. Outras 20 unidades prisionais serão construídas em diferentes regiões do estado.
O procurador-geral de Justiça, Paulo de Tarso, afirmou que é necessário tratar o combate à superlotação como uma política de Estado, e não apenas como um projeto de governo.
“O governador Romeu Zema, pelo tempo que tem de mandato, não conseguirá cumprir integralmente a meta de criação das 22 mil vagas. Mas acredito que ele dará passos importantes, porque esse novo sistema é mais célere, mais barato e mais eficaz”, declarou.
Crise carcerária
O secretário de Segurança Pública de Minas, Rogério Greco, destacou que o estado será referência na busca por soluções para a crise do sistema penitenciário.
“A finalidade desse acordo é agilizar o processo e tentar resolver, o mais rápido possível, o déficit prisional. Minas sairá na frente dos grandes estados do Brasil”, afirmou Greco.
Atualmente, o sistema penitenciário de Minas Gerais abriga 63.257 presos. Com as novas vagas, o estado pretende diminuir a superlotação dos presídios e melhorar as condições do sistema carcerário.