Nestlé intensifica presença em Ituiutaba com novo ciclo de investimentos

Planta de Ituiutaba, referência em produção de leite em pó, recebe aportes e consolidação estratégica

Eloi Naves
Fábrica de Leite Ninho da Nestlé em Ituiutaba-MGFoto: Nestlé / Divulgação

A Nestlé deu início a um novo ciclo de investimentos de R$ 7 bilhões no Brasil, cuja planta de Ituiutaba (MG) figura entre as principais beneficiadas. Essa fábrica, histórica no município, ganhou status de estratégica dentro da operação nacional da empresa. 

Raízes industriais: desde 1976

A unidade industrial foi instalada em novembro de 1976, com o objetivo de processar leite em pó, tornando-se rapidamente um polo produtivo para a região do Triângulo Mineiro. 

Desde então, a fábrica passou por sucessivas modernizações, fortalecendo a economia local e consolidando parcerias com produtores de leite.

Centro de Operações Integradas (COI) – inovação a partir de 2021

Em 2021, a planta de Ituiutaba inaugurou seu primeiro Centro de Operações Integradas (COI) no Brasil, alinhado à estratégia de “Smart Factory”.

O espaço reúne funções de controle em tempo real, com tecnologias como machine learning, realidade aumentada e assistentes de voz, otimizando produtividade, segurança e decisões preditivas no chão de fábrica. 

Esse avanço trouxe ganhos de eficiência brutos estimados em até 12%, consolidando Ituiutaba como referência em automação industrial na Nestlé.

Novo aporte nacional reforça a planta mineira

Do total de R$ 7 bilhões previstos até 2028, parte será destinada à modernização da fábrica de Ituiutaba, incluindo:

  • Ampliação das linhas de produção de leite em pó;
  • Atualização das infraestruturas de automação e controle digital;
  • Sustentabilidade operacional, com foco em redução de emissões e consumo energético.

Esse aporte reforça o posicionamento de Ituiutaba como central para a divisão de laticínios infantis da Nestlé em todo o Brasil. 

Impacto local: economia e tecnologia

Para a região do Triângulo Mineiro, a reforçar a planta traz hipóteses concretas:

  • Criação de empregos, especialmente em áreas técnicas, TI e operação de ponta;
  • Impulso à cadeia leiteira local, com maior demanda por matéria-prima;
  • Reputação industrial crescente, atraindo novos investimentos em tecnologia agroindustrial.

Próximos passos

Analistas e consultores apontam que os próximos meses devem trazer:

  1. Implementação de novas linhas automáticas e robotizadas;
  2. Consolidação de processos sustentáveis, incluindo uso eficiente de água e energia;
  3. Ampliação da integração entre operação e sistemas digitais para controle remoto e preditivo.
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