Araguari: motorista é condenado a mais de 22 anos de prisão

Um motorista foi condenado a 22 anos e 4 meses de prisão por homicídio doloso e embriaguez ao volante em Araguari. A sentença do homem de 30 anos, saiu nesta sexta-feira (6) após ele atropelar e matar Vitor Antônio Silva, de 20 anos, em outubro de 2020. O acusado foi preso e levado ao Presídio Irmãos Naves.

A decisão foi definida em júri popular no Fórum de Araguari. A audiência durou 14 horas e ouviu quatro testemunhas.

Acidente e investigação

O crime aconteceu na madrugada de 4 de outubro de 2020, no Centro de Araguari. Testemunhas relataram à Polícia Militar que o motorista estava bêbado e fazia manobras perigosas. Um grupo de pessoas na rua o alertou, e ele discutiu com elas. Em seguida, ele avançou com o carro na direção de Vitor Antônio Silva.

Vitor foi atropelado e ficou preso entre o carro e as grades de um portão. Ele foi socorrido e internado no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). Porém, o jovem não resistiu aos ferimentos e morreu em 9 de novembro daquele ano.

O motorista foi preso preventivamente em 2 de novembro de 2020. No entanto, um mês depois, em dezembro, ele conseguiu um habeas corpus e foi solto. Essa decisão motivou um protesto com trio elétrico de familiares e amigos da vítima, que pediam por justiça.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) expediu um novo mandado de prisão por homicídio doloso em 11 de dezembro. O acusado foi encontrado e preso na casa da avó, em Uberlândia, após denúncia. Ele resistiu à prisão, mas foi contido. No entanto, a Promotoria de Araguari informou que o réu foi solto novamente após a defesa apresentar recurso em segunda instância.

Em nota, a defesa manifestou inconformidade com a decisão do Tribunal do Júri. “Respeitamos o veredito proferido pelos jurados, mas entendemos que a decisão contrariou frontalmente as provas constantes dos autos“, afirmou o comunicado. A defesa busca a anulação do julgamento e um novo júri, alegando que a condenação desconsiderou provas relevantes e que a pena é desproporcional.