A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, na última segunda-feira (14), inquérito policial que indiciou o ex-presidente e a ex-diretora financeira da Colônia de Pescadores de Cachoeira Dourada pelo crime de apropriação indébita qualificada.
Foi apurado que, durante o mandato do então presidente Ademir Lemos Constante (2011/2017), contribuições para o custeio da entidade foram depositadas pelos colonos diretamente na conta bancária de sua filha, Meyre Ellen da Silva Constante, por solicitação daquele, a qual ocupava o cargo de diretora financeira contemporaneamente, apropriando-se ilicitamente do dinheiro que deveria ser revertido à agremiação.
Ainda segundo investigado, valendo do mesmo modus operandi, a dupla se apropriou de contribuições que deveriam ter sido revertidas ao Governo Federal para custeio do sistema que dá direito ao Seguro Defeso (período da piracema), chegando alguns colonos a deixar de receber o benefício em razão da inadimplência, fatos que estão sob a investigação da Polícia Federal, em Uberlândia/MG, por ter lesado interesse da União.
Os suspeitos foram indiciados pelo crime de apropriação indébita qualificada. “No caso, pode gerar a cada um dos suspeitos uma pena de um a quatro anos de reclusão, com aumento de 1/3; e mais um aumento de 1/6 a 2/3 por ser sido praticado de forma continuada”, esclareceu o Delegado Cleiton Viana, responsável pela investigação.
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