Conforme informou o Pontal em Foco, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJMG realizou na última quinta-feira, 17, júri popular sobre a morte de Sueli Aparecida dos Reis, de 37 anos, vítima de homicídio em março de 2019, em Ituiutaba. O corpo foi encontrado 51 dias depois. A defesa dos acusados não informou se recorrerá das sentenças.
O júri começou às 8h e terminou por volta das 18h30. Rollander José Camargo, de 39 anos, réu primário, foi condenado a 16 anos e dez dias de reclusão pelo crime de homicídio triplamente qualificado. Wilson de Moraes, também foi condenado por homicídio triplamente qualificado, com pena de 24 anos e nove meses. Já Juliana Alves Ferreira, que tinha relacionamento com Wilson, foi absolvida.
O crime ocorreu após Sueli ter ameaçado Rollander de contar para a namorada dele, na época, que eles estavam juntos. Após o crime, a decisão para realização de júri popular ocorreu ainda em 2019, com posteriores duas audiências de instrução em que testemunhas e pessoas apontadas por participação no crime foram ouvidas.
Entenda
Sueli Aparecida dos Reis desapareceu no dia 30 de março. Na mesma data, ela se encontrou com Rollander. O corpo da vítima foi localizado quase dois meses depois, na zona rural. Segundo o delegado regional da Polícia Civil em Ituiutaba, Carlos Antônio Fernandes, as investigações começaram após o registro de desaparecimento.
Depois de quebras de sigilo telefônico e imagens de sistemas de segurança, foi possível chegar ao seu ex-namorado, apontado como o mandante do crime. O homem, o pai dele e um casal foram presos um dia antes do corpo ser encontrado. Mas o pai, idoso, foi solto devido a falta de provas que comprovassem sua participação no crime. "Rollander confessou o homicídio. Disse que foi feito por conta de ameaças que ele recebia da vítima, que disse que iria contar para a atual namorada dele sobre o relacionamento dos dois. Os envolvidos indicaram o local onde esconderam o corpo e, após meia hora de buscas, foi possível localizar em uma zona rural", disse o delegado.
Ainda conforme o delegado regional, a mulher presa disse à polícia que Sueli Aparecida foi dopada e depois executada. Na época, o suspeito quase conseguiu fugir. "Ele estava no Tocantins e foi a Ituiutaba resolver algumas pendências. Descobrimos que iria se deslocar para uma fazenda no Maranhão, onde seria muito difícil efetuar sua prisão", acrescentou o policial.
Sobre os outros participantes, o delegado afirmou que já haviam provas contundentes. "Temos a certeza da participação dos outros indivíduos e vamos analisar outras qualificadoras, além do feminicídio, ocultação de cadáver e formação de quadrilha", disse na época das investigações.
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