No momento em que Uberlândia tem recorde de casos de Covid e aumento de mortes em decorrência da doença, com mais de 3 mil testes positivos e quatro mortes causadas pelo coronavírus em 24h, além da elevação do número de internações nas redes pública e privada de saúde, os servidores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) anunciam a realização de greve sanitária a partir desta sexta-feira (28). Nesse cenário, os servidores da UFU vão executar suas tarefas de forma remota e deixarão de atuar presencialmente.
A decisão já traz reflexos no Hospital de Clínicas (HC-UFU), com a solicitação feita pelo HC à Central de Agendamentos do Município, por email (veja o documento nesta página), de bloqueio das agendas de médicos da unidade hospitalar, fazendo com que sejam desmarcados exames de ultrassom, ressonância magnética, raio-x e tomografias computadorizadas.
Também no email, o Hospital de Clínicas da UFU pediu que a Regulação do Município enviasse a listagem dos pacientes com exames marcados na unidade para que fossem feitas as remarcações dos mesmos.
ANÚNCIO DA GREVE
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (Sintet-UFU), a greve sanitária foi decidida em Assembleia Geral, realizada no dia 24 de janeiro de 2021, de forma híbrida (virtual e presencial), em Uberlândia.
“A partir do dia 28 de janeiro de 2022, os trabalhadores e as trabalhadoras dos setores administrativos e acadêmicos da Universidade Federal de Uberlândia estarão em Greve Sanitária”, informou o Sintet-UFU, em nota veiculada em seu site.
Também segundo o Sindicato, o fundamento da greve sanitária é “a busca pela segurança ambiental para que trabalhadoras e trabalhadores executem suas atividades de trabalho sem colocar a si, familiares ou terceiros em risco, ante o agravamento da pandemia de Covid-19“. A UFU ainda não se manifestou sobre o assunto.