Marcos Antonio de Souza Barrozo, docente da Faculdade de Engenharia Química da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), figura na 12ª colocação no Brasil no ranking Engenharia e Tecnologia, da plataforma Research.com.
Um dos objetivos da plataforma é revelar os principais cientistas de todo o mundo, por áreas de atuação e por país. “É um reconhecimento de um trabalho árduo feito por muitos anos e que envolve muitos alunos”, comentou Barrozo.
O professor aproveita a citação de seu nome no ranking para chamar atenção para a importância das universidades e para motivar jovens pesquisadores.
“Fiquei muito feliz de estar nesse grupo muito seleto, mas também de ver que é o caminho. Uma universidade do interior, uma universidade de porte médio…independentemente de onde você estiver, é possível!”, afirmou.
Barrozo reforça a importância da defesa das universidades, dizendo que é preciso mostrar, para a sociedade, que essas instituições são um “valor” e um “bem” e que o desenvolvimento científico tem que ter continuidade.
“A UFU estar em 12º em uma área tão vasta que é a Engenharia e a Tecnologia já é uma honra para a gente. Mas isso é, para mim, a qualidade dos pesquisadores da nossa universidade. Porque nós estamos vivendo um período de muitas mentiras sobre a universidade e muitas pessoas, fora dos muros da universidade, não conhecem direito o que a gente faz”, disse o docente.
Para realizar o ranking, foi feito um levantamento, em dezembro de 2021, de algumas informações, como o índice h, que reflete o número de documentos científicos influentes de autoria dos pesquisadores. Também foram levadas em conta publicações em revistas e conferências, prêmios e realizações acadêmicas.
Há 37 anos na UFU, Barrozo tem como principal área de pesquisa os sistemas particulados. “As partículas estão na vida das pessoas”, resumiu o docente.
Ele cita a presença de partículas desde o processamento do nióbio à transformação de um alimento, líquido, em outro, em pó. Da plantação de um grão de soja — uma partícula — ao trabalho de despoluição do ar, impregnado de partículas expelidas por indústrias.
“No processamento dessas partículas, existem vários equipamentos que são projetados, desenvolvidos por engenheiros químicos”, complementou ele.
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