Mas o fabricante de Betim (MG) investiu para criar uma inédita terceira porta da versão cabine dupla, em outubro do ano passado. E a facilidade de acesso aos bancos traseiros deu ao comercial leve um inusitado “status” de carro de passeio. O efeito dessa nova percepção da Strada se confirmou nas vendas de março, tornando a picape da Fiat o carro mais vendido do Brasil, com 13.019 unidades emplacadas.
Deixou para trás os hatches compactos Fiat Palio (12.856) e Volkswagen Gol (12.529) – líder nacional de vendas desde 1987 –, que ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente. E 50% das Strada comercializadas têm cabine dupla, metade delas na configuração Adventure, a topo de linha.
A terceira porta – que abre no estilo “suicida”, em sentido inverso às frontais – é mesmo um grande charme para o modelo. E deu à Strada a honra de ser a única picape compacta do mundo a ter um acesso exclusivo para os ocupantes traseiros. A Fiat garante que, apesar da retirada da coluna central do lado direito do carro, a rigidez da carroceria não foi comprometida.
Mas outras novidades melhoraram o custo/benefício da Strada no segmento de comerciais leves. Com 8 cm a mais de altura na caçamba, o volume de carga chega a 680 litros nos modelos com cabine dupla, 100 litros a mais do que antes. E isso sem comprometer o conforto dos dois passageiros de trás, que desfrutam de espaço comparável ao de um carro de passeio compacto. A diferença principal é que a picape só transporta quatro pessoas, e não cinco.
Com o “face-lift” do ano passado, o exterior ganhou linhas mais marcantes e que dão um ar imponente ao carro. Com o aumento da caçamba, a “cintura” da Strada também subiu e os vidros laterais, com a terceira porta, foram renovados. A traseira agora leva lanternas maiores e mais altas, que invadem a lateral da picape e se alinham à cintura. Caixas de rodas, para-choque traseiro e tampa da caçamba foram repaginados.
Na configuração Adventure, com apelo off-road, o para-lama recebe nova moldura e as rodas são de liga leve com 16 polegadas calçadas em pneus de uso misto. Um visual que combina certa agressividade rústica com traços de design bem contemporâneos.
A BORDO
O interior da Strada topo de linha vem com novo volante – forrado em couro se for multifuncional – e pomo do câmbio e manopla de freio de mão pretos. Um conforto extra foi adicionado ao motorista: agora, a tampa do combustível é elétrica para todas as configurações.
Nas versões com cabine dupla, os ocupantes passam a contar com quatro novos porta-objetos, incluindo um com tampa, à frente da alavanca da transmissão. O quadro de instrumentos também é diferenciado para os clientes que optam pela versão mais cara, com grafia nova.
Outra exclusividade da Strada Adventure é o potente motor E-torQ 1.8 16V Flex. Capaz de atingir 132 cv quando abastecido com etanol a 5.250 rpm, o propulsor tem torque máximo de 18,9 kgfm a 4.500 rpm e leva a picape da inércia aos 100 km/h em 10,3 segundos. A velocidade máxima é de 179 km/h.
DIFERENCIAIS
A vocação lameira da Strada Adventure pode ser ainda mais explorada quando incluído no carro o opcional do diferencial auto-blocante Locker, que distribui o torque entre as rodas dianteiras conforme a demanda. Para complementar o carro, há opcionais como som com comandos no volante em couro, MP3, Bluetooth, CD e entrada USB, retrovisores elétricos, capota marítima, retrovisor interno eletrocrômico, sensor crepuscular e de chuva e pneus de uso urbano 205/60 R16 com estepe com roda de liga leve. Mas que fazem o carro saltar de R$ 56.990 da versão de entrada com cabine dupla para R$ 63.944.
Além disso, há cerca de 40 acessórios disponíveis para serem inseridos no carro – inclusive os acessórios Mopar, herdados da Chrysler, recentemente adquirida pelo Grupo Fiat. Entre eles, estão um extensor de caçamba com rampa de acesso e central multimídia com GPS, sinal de TV, câmara de ré, DVD, MP3 e Bluetooth. Jogam o preço lá para cima, mas também deixam a Strada Adventure CD com ainda mais cara de carro de passeio.
Fonte: Correio de Uberlândia