Dois remédios produzidos para combater o câncer demonstraram eficácia no tratamento e recuperação de pacientes com a doença. O “dostarlimab”, já aprovado no Brasil, e o “OS2966”, capaz de combater o câncer cerebral, trazem esperança para todas as pessoas. Saiba mais sobre cada um deles.
Dostarlimab
O medicamento é proveniente de um estudo norte-americado e foi aprovado no Brasil pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). A droga surpreendeu a comunidade científica ao promover o desaparecimento completo do câncer de colorretal.
A eficácia de 100% foi constatada no tratamento realizado em um grupo de 12 pacientes com o anticorpo monoclonal “dostarlimab” e, em todos os casos, houve remissão da doença.
De acordo com a pesquisa, os resultados surpreendentes se sustentaram por um ano e os pacientes tomaram o medicamento por meio intravenoso a cada três semanas por seis meses.
Após o tratamento, os pacientes foram submetidos a exames como ressonância magnética, avaliação endoscópica, toque retal e biópsia, que não apontaram evidências da presença de tumor.
Durante o evento anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), o resultado foi tema de debate entre oncologistas de diferentes países. A reunião aconteceu em Chicago, nos Estados Unidos (EUA), e terminou no dia 7 de junho.
O “dostarlimab” é aprovado no Brasil para tratar câncer de endométrio, e ainda não tinha sido testado contra outros tipos de tumores.
Em entrevista ao jornal The New York Times, o oncologista do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, Luiz Diaz Jr., um dos autores do trabalho, afirma que a taxa de sucesso da pesquisa não é comum, e talvez seja a primeira vez que algo do gênero é registrado na história de estudos contra o câncer.
De acordo com o estudo, as pesquisas ainda não foram concluídas e os 12 pacientes continuarão em acompanhamento.
A “OS2966”
Neste mês, o cientista e neurocirurgião W. Shawn Carbonell compartilhou um vídeo mostrando um remédio capaz de combater o câncer cerebral.
A droga “OS2966” é fruto de uma pesquisa de 10 anos, liderada pelo cientista, que se emocionou ao segurar o frasco pela primeira vez.
De acordo com Shawn, o medicamento dará uma maior chance de sobrevivência aos pacientes oncológicos.
A Agência norte-americana (FDA), concedeu “status de medicamento órfão” a droga no tratamento de glioblastoma e câncer de ovário. Ele foi testado para diferentes tipos de câncer e obteve sucesso nos testes de laboratório.