Minas Gerais tem
313 pontos vulneráveis de exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais. O número, que cresceu 24,21% em relação a 2012, coloca o estado, mais uma vez,
como o campeão dos abusos, no levantamento divulgado nesta
terça-feira 25 de novembro, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). É a sexta vez que o estudo, realizado em parceria com a
Organização Internacional do Trabalho (OIT),
Childhood Brasil, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, é publicado. No país, foram identificados um total de 1.969 pontos vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas rodovias federais. Desse total, 566 foram considerados pontos críticos; 538, com alto risco; 555, com médio risco; e, por fim, 310 pontos foram avaliados como de baixo risco.
Em Minas Gerais, os pontos foram identificados em 15 rodovias federais, sendo as BRs-040, 050, 116, 135, 146, 153, 251, 262, 267, 354, 364, 365, 381, 459 e 488. Ao todo, são 49 pontos críticos, 54 de alto risco, 77 de médio risco e o restante de baixo risco. Os números correspondem a um praticamente um terço dos locais de perigo em toda a região Sudeste brasileira. A rodovia federal em Minas que mais concentra pontos de vulnerabilidade é a BR-381, com 125 locais. Na sequência, também aparecem as BR-040 (34) e BR-116 (23). No levantamento anterior, feito entre 2011 e 2012, foram identificados 252 pontos vulnerabilidade para exploração sexual de crianças e adolescentes no estado.
A região sudeste do Brasil foi apontada como a região com mais pontos de vulnerabilidade, com 494 áreas mapeadas, Em segundo lugar, aparece o nordeste, com 475 pontos propícios à exploração sexual de crianças e adolescentes, seguido das regiões sul (448), centro-oeste (392) e norte (160). Minas Gerais, Bahia e Pará lideram na quantidade absoluta de pontos críticos ou de alto risco. Do total de pontos de risco de exploração sexual mapeados, 1121 pontos forneceram respostas à origem e gênero das crianças e adolescentes. 428 pontos (38%) indicaram que a vítima era originária de outra localidade, ou seja,
poderiam estar em situação de tráfico de pessoas. O Coordenador de Programas da Childhood Brasil, Itamar Gonçalves, destaca a importância do mapeamento
“Este trabalho representa um reforço para a efetivação de políticas públicas e ações integradas para o enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes”. [caption id="attachment_47962" align="aligncenter" width="640"]

Foto: Google Imagens[/caption]