O Triângulo Mineiro se tornou o epicentro da preocupante situação da dengue em Minas Gerais. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta terça-feira (22), a região concentra a maior parte das mortes pela doença no estado em 2025. Somente na última semana, 10 vidas foram perdidas para a dengue em Minas, elevando o total de óbitos confirmados para 53. Além disso, outras 71 mortes seguem sob investigação.
Uberlândia e Uberaba lideram estatísticas negativas
A situação mais crítica se concentra em Uberlândia, que já contabiliza 17 mortes e 9.005 casos confirmados de dengue. A vizinha Uberaba também enfrenta um cenário delicado, com 11 óbitos e 1.756 contaminações. Juntas, as duas cidades do Triângulo Mineiro respondem por cerca de 75% das mortes por dengue em todo o estado neste ano.
Diante da escalada dos casos, a Prefeitura de Uberlândia decretou estado de emergência em 26 de fevereiro, com validade de cinco meses. A medida visa facilitar a implementação de ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti, principal vetor da doença.
Em Uberaba, a prefeitura reabriu o Centro de Referência à Dengue em 24 de fevereiro para atender o crescente número de pacientes com sintomas. Quatro dias depois, o município também decretou situação de emergência. A Secretaria Municipal de Saúde reforça a importância da colaboração da população na eliminação de focos do mosquito e orienta a procura por unidades de saúde aos primeiros sinais da doença.
Em contraste com a grave situação no Triângulo Mineiro, Belo Horizonte não registrou nenhuma morte por dengue, conforme o último boletim epidemiológico divulgado em 16 de abril. A capital mineira contabiliza 602 casos confirmados da doença.
Comorbidades aumentam o risco
O levantamento da SES-MG também revela que a maioria das vítimas fatais da dengue (75,47%) possuía alguma comorbidade preexistente. Hipertensão, diabetes e doença renal são as condições mais comuns entre esses pacientes.
Perante esse cenário crítico no Triângulo Mineiro, a atenção das autoridades e da população se volta para medidas de prevenção e controle do mosquito Aedes Aegypti. A eliminação de focos de água parada em residências e espaços públicos, bem como a conscientização sobre os sintomas da dengue e a importância da busca precoce por atendimento médico, são ações importantes para tentar conter o avanço da doença na região.