Um sargento da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), de 54 anos, foi detido neste domingo (26) após uma confusão durante um almoço de família em Uberaba, no Triângulo Mineiro. A filha dele, de 34 anos, acionou a polícia e afirmou ter sido ofendida e ameaçada de morte pelo pai. Segundo relato da mulher, o militar a chamou de “vagabunda” e “sustentada por homens” durante uma discussão iniciada após ele colocar em dúvida a paternidade.
De acordo com o boletim de ocorrência, pai e filha estavam na casa da mãe do sargento, acompanhados de outros familiares. A mulher contou que a tensão começou quando o militar fez comentários sobre uma suposta traição da ex-esposa, dizendo ter feito um exame de DNA para confirmar se era realmente o pai da filha.
Ainda segundo o relato, o sargento passou a ofendê-la com expressões machistas e afirmou que tanto ela quanto a mãe eram “mulheres sem caráter”. Em determinado momento, teria dito que poderia matá-la e chegou a se aproximar com a intenção de agredi-la, sendo contido por parentes. Ele também teria golpeado a mesa com força antes de deixar o local.
Questionado pelos policiais, o sargento apresentou uma versão diferente. Disse que o conflito começou devido à “ingratidão” e à “falta de respeito” da filha. Contou que ficou irritado porque ela teria se deitado no quarto da avó, de 86 anos, junto com o cachorro, impedindo a idosa de descansar o que, segundo ele, o deixou “emocionalmente abalado”.
O militar afirmou ainda que, durante o almoço, perguntou à filha sobre uma amiga dela que teria ganhado uma casa de um homem em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A mulher teria reagido com gritos e dito que o pai “nunca fez nada por ela”. Ele admitiu ter se exaltado, mas negou ameaças ou tentativa de agressão, dizendo que apenas respondeu verbalmente às provocações.
Testemunhas confirmaram que, embora o sargento tenha ficado alterado, não chegou a ameaçar fisicamente a filha.
O militar foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil. Segundo a PM, diante das versões divergentes e da ausência de lesões corporais, pai e filha foram orientados sobre os procedimentos legais e liberados em seguida.


