O assassinato de Brent Sikkema, galerista de Nova York, continua a ser um caso de grande repercussão, agora com novos desdobramentos envolvendo seu ex-marido, Daniel Carrera Sikkema, acusado de ser o mandante do crime.
O homicídio, ocorrido no início de 2024, no Rio de Janeiro, revela um cenário de vingança, manipulação emocional e conspiração.
Em 15 de janeiro de 2024, encontraram-no morto em sua residência, vítima de 18 facadas no rosto e no tórax.
Investigação
Inicialmente, classificaram o crime como latrocínio, devido ao roubo de grandes quantias em dinheiro (US$ 30 mil a US$ 40 mil) e objetos de valor. Porém, investigações subsequentes indicaram que a motivação do crime era muito mais pessoal e sombria.
Alejandro Triana Prevez, cubano de 30 anos, cometeu o crime e foi preso em Minas Gerais. Ele alegou que cometeu o crime por manipulação emocional e por um sentimento de abandono.
No entanto, ele negou que tivesse como objetivo obter lucro financeiro com o assassinato. Em entrevista, Triana declarou que não queria matar Brent, mas apenas “dar um susto”. Contudo, a perícia revelou a brutalidade do ataque, que não se alinhava com essa versão. Além disso, Triana insinuou que outra pessoa teria ajudado a cometer o crime, já que ele não se considerava o único responsável pelas 18 facadas.
Reviravolta
As investigações apontaram que Daniel Sikkema teria financiado o assassinato. Ele enviou US$ 200 mil ao assassino de aluguel e tentou ocultar os pagamentos através de intermediários. Em fevereiro de 2024, as autoridades formalmente indiciaram Daniel por seu envolvimento no crime e o tornaram um dos principais suspeitos da trama.
Em março de 2024, Daniel fugiu para os Estados Unidos, mas a polícia o prendeu ao tentar falsificar seu passaporte. Além disso, ficou claro que ele tentou impedir o contato de Brent com o filho do casal, o que intensificou a animosidade entre eles. Antes de morrer, Brent enviou mensagens a um amigo, acusando Daniel de manipulação e de bloquear o relacionamento com o filho, que Daniel colocou sob sua custódia. O galerista estava prestes a voltar ao tribunal para relatar os abusos de seu ex-marido antes de sua morte.
No início de fevereiro de 2025, as autoridades levaram Daniel para os Estados Unidos, onde ele agora enfrenta acusações de conspiração para cometer assassinato, assassinato por encomenda no exterior e falsificação de passaporte.