A Justiça de Minas Gerais decidiu, nesta segunda-feira (7), manter a prisão preventiva de dois homens suspeitos de envolvimento na morte de Clara Maria Venâncio Rodrigues, jovem natural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
O corpo da vítima foi encontrado no dia 12 de março enterrado e concretado no quintal de uma residência no bairro Ouro Preto, em Belo Horizonte.
A decisão foi tomada pela juíza Carolina Rauen Lopes de Souza, que considerou a gravidade do crime, os indícios de autoria e o risco à ordem pública como motivos suficientes para manter os suspeitos detidos.
“Não há fatos novos que fragilizem os fundamentos da prisão cautelar”, afirmou a magistrada no documento.
Clara Maria desapareceu após sair do trabalho em uma padaria na noite do dia 9 de março. De acordo com relatos, ela teria ido até a casa de um conhecido para cobrar uma dívida de R$ 400. Desde então, não foi mais vista.
Durante a madrugada seguinte, uma testemunha recebeu mensagens enviadas do celular da jovem, mas percebeu algo estranho no conteúdo e procurou a polícia.
Na quarta-feira (12), agentes da Polícia Civil foram até a casa do suspeito, onde perceberam um forte odor vindo do quintal.
O morador inicialmente negou qualquer envolvimento, mas acabou confessando que Clara havia sido morta e enterrada no local.
A investigação apontou ainda a participação de outros dois homens, e três pessoas foram conduzidas para prestar depoimento.
Dois deles confessaram o crime e seguem presos. O terceiro foi ouvido e liberado. Nenhum dos suspeitos possuía antecedentes criminais.
O corpo de Clara foi encontrado sob uma camada de concreto que ainda não havia secado completamente, o que indicava que a ocultação foi feita pouco antes da chegada da polícia.
Ao todo, 11 pessoas foram ouvidas durante as investigações conduzidas pela Polícia Civil.