O médico oftalmologista Daniel Tolentino foi condenado a 16 anos e sete meses de prisão pela morte da namorada, a dentista Roberta Pacheco, de 22 anos. A decisão foi proferida em sessão do Tribunal do Júri realizada no dia 15 de maio, em Patos de Minas, no Alto Paranaíba.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (19/5) pela assessoria do Ministério Público de Minas Gerais.
Daniel responde pelos crimes de homicídio com dolo eventual, estupro de vulnerável e fornecimento de drogas à vítima. A pena será cumprida em regime fechado. Ele está preso desde a época dos fatos.
O caso aconteceu na madrugada do dia 4 de março de 2019. De acordo com as investigações, o casal estava em um hotel quando Roberta teve uma crise convulsiva após ingerir cocaína fornecida pelo médico.
A jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi levada ao Hospital Regional Antônio Dias, onde permaneceu internada por 12 dias. Ela morreu em 17 de março, vítima de infecção e interrupção do fluxo sanguíneo intestinal.
Na sentença, a Justiça destacou que Daniel, por ser médico, tinha pleno conhecimento dos riscos do uso excessivo de substâncias entorpecentes, o que impunha a ele uma responsabilidade ainda maior.
O documento afirma que ele assumiu conscientemente o risco de causar a morte da companheira, agindo em desacordo com os deveres éticos da profissão.
A decisão também considerou que, em razão do estado de vulnerabilidade em que Roberta se encontrava por conta do uso de drogas, ela não tinha condições de consentir ou resistir ao ato sexual, configurando o crime de estupro de vulnerável.