O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou dez membros de um grupo que furtava sacas de café beneficiado em propriedades rurais de Carmo do Paranaíba.
O grupo foi denunciado por furto qualificado e organização criminosa. Dois dos envolvidos, pai e filho, apontados como líderes, também responderão por posse e porte ilegal de arma de fogo.

A estrutura
De acordo com o MPMG, o esquema envolvia a adulteração de maquinário e veículos. A fraude consistia na instalação de compartimentos ocultos no interior dos caminhões utilizados no processo de beneficiamento.
Esses tanques ocultos eram, portanto, preenchidos com os grãos de café durante o trabalho nas fazendas. Com isso, o grupo conseguia reter parte do produto. Eles fraudavam a pesagem das máquinas e entravam nas fazendas com bolsões. Consequentemente, a diferença de peso não era detectada na saída da fazenda.
“Durante o beneficiamento, esses tanques ocultos eram enchidos com grãos de café, evitando, assim, a detecção da diferença de peso dos caminhões na saída da fazenda”, detalhou o Ministério Público.
Local de armazenamento e apreensões
Após o furto, o grupo criminoso transportava os veículos e o produto para pátios e galpões em Carmo do Paranaíba. Nesses locais, eles guardavam tanto o maquinário adulterado quanto as sacas de café furtadas.
A Promotoria de Justiça de Carmo do Paranaíba conduziu as investigações e apontou o funcionamento da fraude e a estrutura hierárquica da organização. O esquema envolvia pessoas do município e de cidades do estado do Espírito Santo.
Em agosto deste ano, as autoridades realizaram importantes apreensões. Eles localizaram em um galpão:
- 171 sacas e 36 bags de café;
- Um caminhão com compartimento oculto;
- Um trator agrícola;
- Uma folha com anotações sobre o esquema criminoso.
Os suspeitos se encontram presos preventivamente após as investigações detalharem o esquema criminoso. A denúncia abrange crimes que ocorreram nos anos de 2024 e 2025.


