Uma mulher foi presa nesta semana em Uberlândia após difamar a polícia em uma rede social. A prisão ocorreu depois da Operação Escobar, uma ação conjunta do Ministério Público de Minas Gerais, Polícia Civil e da 9ª Companhia PM Independente de Policiamento Especializado. A operação, que teve apoio aéreo da Polícia Militar, visou combater o tráfico de drogas e armas em Uberlândia, resultando no cumprimento de 24 mandados judiciais, apreensão de entorpecentes, dinheiro e veículos, além da prisão de quatro pessoas. Em meio à repercussão da operação, a mulher realizou publicações ofensivas contra a atuação policial. A difamação motivou sua prisão.
Na delegacia de plantão, a jovem se desculpou e afirmou não ter nenhuma denúncia formal contra a polícia de Uberlândia. A delegada responsável questionou se ela tinha provas contra os agentes envolvidos na Operação Escobar, que desarticulou uma quadrilha de tráfico na cidade, e ela respondeu que “Não”.
O caso ganhou repercussão depois que a mulher publicou um comentário afirmando que “a polícia vai ficar com a grana e vender as drogas e armas“. A declaração foi considerada difamatória e enquadrada no artigo 139 do Código Penal, resultando em sua autuação.
Durante o depoimento, a jovem admitiu que não tinha provas para sustentar a acusação. Ela se arrependeu e prometeu se retratar publicamente, o que fez no dia seguinte. Após prestar esclarecimentos, a mulher foi liberada. O caso foi registrado em um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e encaminhado à Delegacia Adida ao Juizado Especial Criminal para prosseguimento legal.
A Polícia Civil reforçou que investiga outros comentários semelhantes sobre a operação. A corporação destacou que denúncias formais são apuradas com rigor. “Não toleramos desvios de conduta, mas acusações infundadas também têm consequências”, afirmou a Polícia Civil. A situação serve de alerta sobre os limites da liberdade de expressão, especialmente quando se trata de ataques infundados contra instituições públicas.
A mulher publicou um pedido de desculpas direcionado à Polícia Militar e à Polícia Civil: “Gostaria de esclarecer publicamente que meu comentário anterior neste post foi mal interpretado, e reconheço que sua repercussão foi muito maior do que eu poderia imaginar. Em nenhum momento tive a intenção de desrespeitar qualquer profissional, especialmente aqueles que atuam com seriedade e ética na área da segurança pública. Caso tenha soado de forma inadequada ou ofensiva, peço sinceras desculpas. Reitero meu total respeito por todos os profissionais que cumprem sua missão com responsabilidade e compromisso”.