Três detentos foram condenados pelo Tribunal do Júri nesta terça-feira (22) pelo assassinato de Noel Perciliano Corrêa, ocorrido dentro do Presídio Sebastião Satiro, em Patos de Minas, no dia 11 de janeiro de 2024.
As penas aplicadas somam mais de 58 anos de prisão. Um quarto réu, apontado como líder do grupo, foi absolvido por falta de provas.
Segundo o Ministério Público, a vítima dividia a cela 02 do Pavilhão A com os acusados.
As investigações revelaram que Jonatan Antônio Barbosa, conhecido como “Tomate”, exercia influência sobre os demais detentos e tinha o controle sobre tudo o que acontecia na cela.
Dias antes do crime, Noel teria se desentendido com Maikon Rubens.
Após o conflito, Maikon, juntamente com Jhonatan Erik e Márcio Aurélio, teria planejado o assassinato com o aval de Tomate, suposto líder da facção criminosa “Primeiro Comando Tubalina”.
Durante a madrugada do crime, os acusados se aproximaram de Noel, que estava deitado no chão. Por volta das 2h, ele foi questionado por Maikon sobre a discussão anterior, sendo então agredido com chutes na cabeça e pisoteado no pescoço e na cabeça.
A vítima foi arrastada até o banheiro da cela, onde foi asfixiada com uma corda. Para encobrir o homicídio, os envolvidos simularam um suicídio, amarrando um lençol em seu pescoço e prendendo-o à grade do banheiro.
Maikon Rubens e Jhonatan Erik foram condenados a 20 anos e três meses de prisão, cada.
Márcio Aurélio, que confessou participação no crime, recebeu pena de 18 anos. Já Jonatan “Tomate” foi absolvido por falta de provas, mas o Ministério Público anunciou que vai recorrer da decisão.
O julgamento ocorreu no Fórum Olympio Borges e chamou a atenção pelo grau de violência do crime e pela participação de uma organização criminosa no planejamento e execução da vítima.