O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que recentemente parabenizou Donald Trump por sua posse como presidente dos Estados Unidos, tem sido criticado por sua falta de posicionamento diante da decisão do governo americano de impor tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, medida que afeta diretamente a economia mineira. 
Em 20 de janeiro de 2025, Zema utilizou as redes sociais para felicitar Trump, expressando esperança de que sua liderança trouxesse “ordem, liberdade e conduzisse a América a novos caminhos de prosperidade” . No entanto, após o anúncio das tarifas, o governador não se pronunciou publicamente sobre os impactos negativos da medida para o estado. 
A Fundação João Pinheiro (FJP) realizou um estudo que estima perdas significativas para Minas Gerais devido à nova política tarifária dos EUA. Segundo a FJP, uma redução de 15% nas exportações de produtos siderúrgicos pode resultar em uma queda de R$ 838,85 milhões no Valor Adicionado da economia mineira . 
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), criticou Zema, chamando-o de “entreguista” e “subserviente ao poderio internacional”. Silveira destacou que a postura do governador, de apoio incondicional a Trump, resultou em prejuízos para o estado, afirmando que “isso é o que acontece quando quem não entende o que é fazer política de verdade cai de paraquedas no poder” .  
A ausência de uma resposta oficial por parte do governo mineiro tem gerado insatisfação entre líderes políticos e representantes do setor siderúrgico, que esperam medidas para mitigar os efeitos das tarifas sobre a economia local.
Enquanto isso, a dependência de Minas Gerais do mercado americano para suas exportações de aço e alumínio coloca o estado em uma posição vulnerável, evidenciando a necessidade de diversificação econômica e de uma política externa mais estratégica por parte do governo estadual.