Condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. A Polícia Federal prendeu o ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió (AL).
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), expediu a ordem de prisão. A decisão veio após o esgotamento de todos os recursos possíveis por parte da defesa do ex-mandatário. A decisão foi executada pela Polícia Federal. Eles localizaram Collor em sua residência, pouco antes de ele embarcar para Brasília, onde pretendia se apresentar espontaneamente.
De acordo com a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República), Collor recebeu cerca de R$ 20 milhões em propina por meio de contratos da BR Distribuidora entre 2010 e 2014, durante os governos do PT. As investigações apontaram que os pagamentos ocorreram em troca de favorecimento em licitações e nomeações estratégicas na estatal.
O caso teve origem na delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, revelada em 2015 pela revista Veja. O depoimento detalhou o esquema de repasses ilícitos envolvendo o ex-presidente, que exerceu mandato no Senado até 2023.
Collor é o segundo ex-presidente da República preso por corrupção desde a redemocratização. O primeiro foi Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que permaneceu 580 dias detido em Curitiba antes de ter a condenação anulada.