A Corregedoria da Polícia Civil enviou à Justiça na semana passada inquérito em que acusa 120 servidores públicos, a maioria policiais, de se apropriar indevidamente de recursos. Segundo as investigações, iniciadas há oito anos, os indiciados receberam benefício que seria exclusivo de examinadores do Departamento de Trânsito (Detran-MG).
Os nomes de uma parte dos acusados teriam sido incluídos na relação da banca examinadora, que avalia candidatos a tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), para que eles tivessem pelo menos R$ 500 incorporados no salário. Outros indiciados receberiam por fazer parte de uma comissão fiscalizadora da banca, considerada sem amparo legal pela corregedoria.
O inquérito foi entregue à Justiça na segunda-feira, indiciando os envolvidos no crime de peculato. Entre os acusados está o atual diretor do Detran, Santiago Oliveira Maciel. Na época em que as irregularidades teriam ocorrido, entre 2001 e 2003, Santiago ocupava o cargo de coordenador de Apoio Administrativo do departamento de trânsito. Ele não foi localizado para comentar o caso. A Polícia Civil informou ontem que o caso já está nas mãos da Justiça e não deu detalhes sobre as apurações e os indiciados. O Ministério Público vai decidir se denuncia os acusados. Se condenados, eles podem perder a função pública, incluindo a pensão no caso de aposentados, além de pegar de dois a 12 anos de prisão.
Estado Minas
Corregedoria da polícia indicia 120 servidores públicos
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