As ações para conter as queimadas em Minas Gerais surtiram efeito durante o período crítico da seca. De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), de janeiro a 12 de novembro deste ano, 562 ocorrências de queimadas foram registradas em unidades de conservação de Minas Gerais, contra 559 do mesmo período do ano anterior. Porém, mesmo com o aumento no número de casos, houve redução de 78% de área queimada em relação a 2012. Conforme a Semad, em comparação à média histórica registrada nos últimos seis anos, o Estado diminuiu em 57,4% o número de hectares de área de preservação destruídos por incêndios.
Nos últimas 11 meses, a área queimada nas Unidades de Conservação Estaduais foi de 13,6 mil hectares, enquanto em 2012 62 mil hectares de áreas de preservação foram atingidos por incêndios florestais. Para o secretário da Semad, Adriano Magalhães, a redução se dá devido a ações preventivas feitas no Estado. “Os números mostram a efetividade das ações de combate. Apesar de terem sido registradas mais ocorrências de incêndio do que no ano passado, a área queimada foi significativamente menor”, ressaltou.
Neste ano, segundo a subsecretária de Controle e Fiscalização Ambiental Integrada, Daniela Diniz, foram contratados aproximadamente 250 brigadistas para atuar em Unidades de Conservação do Estado. Também houve um reforço de aeronaves nas ações de combate e a Polícia Ambiental intensificou a fiscalização nas áreas de preservação mais críticas. Além disso, o Corpo de Bombeiros e brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e voluntários, contribuíram para diminuir o número de áreas queimadas.
O diretor de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais e Eventos Críticos da Semad, Rodrigo Bueno Belo, ressalta que a diminuição do tempo de resposta para o combate foi essencial para evitar grandes incêndios. “Ao contrário do ano passado, quando registramos 13 grandes ocorrências de incêndios com mais de mil hectares de áreas queimada em cada uma delas, este ano não há registros de ocorrência na qual tenha queimado mais de mil hectares. Podemos afirmar que isso é resultado de um esforço conjunto”, destacou.
Nas unidades de conservação de proteção integral a área queimada em 2013 também foi inferior ao mesmo período do ano passado. Enquanto em 2012 queimaram 11,6 mil hectares, neste ano a queda foi de cerca de 75%, com 2,8 mil hectares atingidos por incêndios florestais.
Minas lidera ranking de perda de Mata Atlântica
A redução do número de queimadas em 2013 traz um alívio para o Estado, que é considerado como o que mais desmatou o bioma de Mata Atlântica no período de 2010 para 2011. Os dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica divulgado em maio pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) e pela Fundação SOS Mata Atlântica afirma que o bioma Mata Atlântica perdeu 13.312 hectares de área em um ano no Brasil, o que corresponde a 133 quilômetros quadrados (km²). Somente em Minas, foram desmatados 6.339 hectares.
(Com Agência Minas e EM)
Minas registra queda de 78 % de hectares queimados neste ano em comparação a 2012
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